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14.05.2009
CRISE NA GIGANTE
CRISE NA GIGANTE
Desde dezembro de 2008, quando as exportações da Sadia começaram a apresentar queda, cerca de 900 funcionários do frigorífico da empresa em Toledo, foram demitidos, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação da cidade. Somente nas últimas duas semanas, 300 pessoas que trabalhavam na companhia teriam ficado sem emprego. A empresa não comenta os cortes.
A Sadia tem frigoríficos em toda a América Latina. No Paraná, além da filial em Toledo, a empresa tem unidades industriais nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Dois Vizinhos, Paranaguá e Francisco Beltrão. A unidade de Toledo emprega aproximadamente 9 mil funcionários, quase 10% da população da cidade que tem ao redor de 100 mil habitantes.
A média de salários dos que foram dispensados era de R$ 700 por mês. Segundo apurou o telejornal Bom Dia Paraná, da RPC TV, a queda nas vendas levou a empresa a desativar o terceiro turno no frigorífico de abate de frangos.
Dos trabalhadores que cumpriam expediente no período da noite, parte conseguiu ser remanejada para outros setores ou para outras cidades, enquanto os demais foram mandados embora.
Os rumores de que a Sadia não andava bem das pernas, começaram no ano passado. Inclusive a empresa promoveu a volta do ex-ministro Furlan, seis anos após deixar a Sadia para comandar o Ministério do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan reassumiu a presidência do conselho de administração da empresa, uma das maiores fabricantes de alimentos do país. O retorno de Furlan foi uma resposta às perdas de 760 milhões de reais com apostas equivocadas em derivativos, anunciadas pela Sadia ao Em outubro do ano passado, houve uma queda nas ações da empresa de 10 para patamares de 5 a 6 Reais.
Furlan substituiu Walter Fontana Filho, que apresentou sua carta de renúncia na época. Fontana saiu desgastado do episódio, já que era a ele que Adriano Ferreira, então diretor financeiro, respondia - e não a Gilberto Tomazoni, presidente executivo da economia. Ferreira foi demitido após o conselho descobrir que ele havia apostado na queda do dólar um montante de recursos muito superior ao necessário para cobrir eventuais prejuízos da Sadia com a variação cambial - contrariando as regras do estatuto da companhia. Com a alta do dólar, a Sadia teve de desmontar as operações e assumir o prejuízo.
Ainda não se sabe ao certo como reagirá o sindicato dos empregados na indústria alimentícia. O certo é que muitos dos que foram mandados embora, estão entrando com ações indenizatórias e o escritório jurídico de Furlam, Bágio e associados em Toledo, que trabalha para defender as causas patronais da Sadia, terá muito trabalho pela frente.
(Com informações da gazeta do povo e revista exame)
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