Cotidiano

04.04.2013

USAR O NOME DE OUTREM

Um vendedor de nem me lembro do que, me abordou para tentar comercializar o seu produto no local onde eu estava trabalhando.

Disse a ele para procurar a minha mulher que estava na loja ao lado, que ela decidiria se faria a aquisição ou não.

Depois que saí do meu posto e me encontrei com a mulher, levei uma bronca (o que, por incrível que pareça, é até esporádico) por mandar alguém vender algo.

O vendedor disse que era para comprar, pois eu havia solicitado que assim se procedesse.

O vendedor usou de má fé, fazendo-a crer que a minha mulher deveria comprar algo e não fez o combinado, que era oferecer para ela e ver se ela queria ou não o produto.

Conto esta insipiente passagem cotidiana depois que li a coluna Painel da Folha de São Paulo, de onde foi revelado que a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) anda muito incomodada com a utilização de seu nome pelo vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), em périplo por órgãos do governo.

Dois lados da história.

Primeiro: O deputado paranaense André Vargas teria coragem de usar o nome da ministra para influenciar decisões em favor do Paraná, sem a autorização dela?

São André e Gleisi, do mesmo partido, o PT, mas obviamente deveria haver diálogo interno pelo bem comum dos seus eleitores e do seu Estado.

Segundo: Acho que a ministra não deveria se incomodar e sim abalizar a citação de seu importante nome por bons propósitos para o Paraná que ela quer governar.

Mas, por outro lado, para não dizer por terceiro ou derradeiro, isso é conversa de bastidor, que muitas vezes pode não passar de coisas auscultadas e aventadas.

Não dá pra crer tanto assim em colunas e nem tampouco, acreditar cegamente em colunistas, apesar de que, no meu caso, nunca minto quando falo a verdade e nem quando antecipo a queda de um secretário, por exemplo.

Elder Boff