Cotidiano

22.04.2009

UM ANO E MEIO DEPOIS...

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Um ano e meio após a segunda maior tragédia ocorrida em Santa Catarina, que foram dois acidentes seguidos próximo ao Rio das Antas, em área pertencente ao município de Descanso, na rodovia BR 282, entre São Miguel do Oeste e Maravilha, um dos motoristas envolvidos, continua preso e teve nesta segunda, negado Habeas Corpus.

Rosinei Ferrari transportava açúcar para uma empresa de Cascavel. Um pouco antes dele entrar nesta história, um ônibus havia se chocado com um caminhão, ambos caíram num penhasco e pegaram fogo. O ônibus era de São José do Cedro e levava agricultores que participaram de uma feira em Chapecó, com show do cantor Daniel. O caminhão era de Frederico Westphalen.

Neste primeiro impacto que ocorreu às 19h15 minutos, morreram seis pessoas na hora e quatro depois. A tragédia maior aconteceria quase duas horas após, quando às 21h, Rosinei Ferrari e sua carreta com apenas 25% de freios, desceu ladeira abaixo e encontrou a multidão formada por populares, bombeiros, policiais, sobreviventes do primeiro impacto e gente de imprensa.

Em decorrência deste segundo impacto, mais 17 pessoas perderam a vida e quase 100 ficaram feridas. Logo depois desta tragédia, ainda pela Rádio Grande Lago, eu entrevistei o bombeiro Luiz Carlos Balsan que chegou 10 minutos depois do acidente: “Parecia uma praça de guerra, nunca vi algo tão tenebroso”!

O motorista da carreta que causou a maioria das mortes está preso e os donos do caminhão, da empresa, que não fizeram a manutenção, estão presos? Duvido. A empresa de Cascavel é Transportes Turatto e Turatto, que tinha como representante na lide jurídica, Gilmar Turatto, que, ao que se sabe, nunca ficou preso.

A maior tragédia ocorrida no estado de Santa Catarina envolveu dois ônibus, sendo um argentino, quando mais de 38 argentinos morreram num só ônibus e o motorista de outro ônibus, da empresa Reunidas, somando 39 vítimas fatais em 1997.

Elder Boff