Cotidiano

09.11.2010

ÚLTIMO DOS MOICANOS

O Paraná está se reciclando na política. Por um triz, o último dos moicanos, Roberto Requião, conseguiu uma sobrevida no longevo mandato de senador.

Pois é, um senador eleito, tem 8 anos para se empanturrar de regalias e de poder e se repetir o passado, passará quase uma década fazendo nada pelo Paraná, como de fato não fez enquanto foi governador.

Salte-me o professorado que idolatra este político vencido. O governo dele, segundo me confidenciam amigos do meio educacional, foi benéfico para a classe.

Os agricultores, principalmente os pequenos, também se deleitam com a solidariedade dos tratores. Só. Mais nada fez Requião pelo Paraná durante longos oito anos.

Diga-me alguma obra significativa que marca o seu governo, além desta valorização feita às duas classes distintas e a falácia de um orador inveterado e agressivo.

Requião tomou um soro político e sobrevive graças aos votos, por exemplo, de uma Santa Helena que teve negado um campus de faculdade por ele. Um governador que deixou quase o tempo todo, as estradas da nossa região estourando pneus, teve a sanha dos votos em abundância por aqui.

Requião foi mais folclórico do que prático e é incrível como os folclóricos conseguem amealhar súditos seguidores cegados.

Não sei por que políticos que já foram praticamente tudo, insistem em não deixar espaço para os jovens. Infelizmente isso não acontece somente no Estado, se reprisa nos municípios deste Brasil afora.

Elder Boff