Beto Richa foi ungido pré-candidato tucano ao governo do estado e como ele mesmo classificou, foi um indicativo do partido. Pelo resultado de quase 100% dos membros do diretório presentes (41), foi muito mais que um indicativo.

Beto Richa, irreversivelmente é o candidato do PSDB. Álvaro Dias tem ainda 4 anos de mandato de senador e vai ter que se contentar em cumprir essa missão ou assumir um cargo no pretenso governo tucano de José Serra.

Álvaro criticou Beto por este ter que abandonar a prefeitura de Curitiba e não concluir o projeto de governo através do qual o povo da capital confiou os quase 80% dos sufrágios obtidos de forma magnífica.

Mas se Álvaro for convidado para um cargo de ministro, por exemplo, abandonaria com certeza o senado. Trocaria um projeto menor, por um maior, inclusive com mais chances de beneficiar o seu público eleitor, principalmente se assumisse um ministério importante para a vida dos cidadãos comuns.

Beto Richa também vai largar um projeto para enfrentar outro desafio maior. Se eleito, vai ser o filho governador que já teve um pai no Palácio das Araucárias: José Richa com certeza, mesmo em outro plano, vai ser um baita cabo eleitoral para Beto.

A lembrança do governo do velho Zé Richa é uma serenata saudosista que se reverterá num cântico aos ouvidos do eleitor atual. Mas a disputa eleitoral não será uma música de letra fácil.

O fato interessante é que três políticos advindos do interior do Paraná formarão um trio sertanejo no festival da canção de votos.

Um de Londrina, mais universitário. Outro de Maringá, música raiz e outro de Califórnia, que pode bem representar a música country. Califórnia do Paraná.