Cotidiano

27.10.2010

TRICORDIANO E GUAXUPÉ

Eu aciono o desconfiômetro quanto às pesquisas. É muita cara de pau, querer credibilidade depois do que aconteceu no primeiro turno no Paraná e no Brasil.

Pelos números a Dilma leva a eleição. Acho até que leva mesmo, mas a diferença dificilmente vai ser a das sondagens.

Diga-se de passagem, temos que escolher a opção menos ruim. O Serra não consegue ser aquela pessoa simpática e seu sorriso é meio sarcástico. A Dilma então, nem se fala. Além de forçar o riso, é ruim de papo e desconectada.

Se ela for presidente, terá que ler os discursos e falar o quanto menos possível de improviso. O Lula faz as suas gafes, atropela o português, mas tem nexo suas palavras. Fala alto, claro e geralmente pouco, qualidades imprescindíveis para um discurso. Treinou muito com várias campanhas e na luta sindical.

O Serra é mais talhado dado ao tempo e as inúmeras campanhas que disputou. A Dilma terá que percorrer este caminho da lingüística. Mas vai aprender. De pessoa altamente técnica, terá que se transformar num ser político, condição na qual a comunicação é excencial.

Amanhã acontece o debate da Globo, o último entre os candidatos. Quer dizer, quase “entre” os candidatos. O embate será poupado pela fórmula do debate.

Indecisos escolhidos por sorteio farão perguntas para os candidatos. Um responde o outro faz réplica e depois o que respondeu volta com a tréplica.

Serão três blocos e 12 perguntas no total, mais os dois minutos cada um para as considerações finais. Mas, pelo que vi no debate da Record nesta semana, os candidatos dão um jeitinho de falar o que quiserem. Chegaram a ficar duas perguntas complementando um assunto anterior.

Elder Boff