Cotidiano

07.05.2009

TRATADO DE ITAIPU

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(Presidentes Figueiredo e Stroessner na inauguração de Itaipu, arquivo da Binacional)

Não houve acordo entre Brasil e Paraguai no que se refere a uma revisão no Tratado de Itaipu, um documento que rege as relações entre os dois países no que tange ao funcionamento da hidrelétrica.

A dupla Lu-Lu (Lula e Lugo) não chegou a um denominador comum e somente nesta sexta-feira antes dos dois presidentes viajarem para o pantanal, é que poderá ser divulgada alguma novidade acerca do assunto.

O presidente paraguaio Lugo, usou a Itaipu como plataforma de campanha e país guarani quer mais dinheiro pela energia, cujo excedente entrega para o Brasil.

Quem bancou a construção da usina foi o Brasil e o Paraguai, a bem da verdade entrou com metade do rio, o peito e a coragem.

A Itaipu foi inaugurada em 1984, apesar de a história ter começado em 1966, com o Tratado de Iguaçu, pelo qual, tudo o que fosse gerado de energia entre Brasil e Paraguai, seria dividido meio a meio.

Em 1971, começaram os estudos para fazer uma usina nas Sete Quedas. Em 1973 é assinado o Tratado de Itaipu entre os dois países, mas a Argentina tentou barrar o negócio, fazendo um abaixo assinado com mais 53 países, alegando que afetaria seus recursos naturais.

A empresa em si, Itaipu Binacional, foi criada em 1974, sendo que no ano seguinte foi iniciada a construção. Já em 1978, o Paraguai quis rever o tratado, mas não foi feliz. Aliás, neste mesmo ano foi feito o desvio do Rio Paraná, para que a barragem pudesse começar a ser erguida.

O Brasil prepara um pacote de ajuda para o Paraguai, para tentar demovê-lo da idéia de rever o tratado, cuja obrigação legal só se dará em 2023, ano em que poderiam acabar os royalties, fato que não acredito em função do aproveitamento hidráulico das nossas terras ribeirinhas, que continuará sendo feito.

(Fonte para dados, arquivo J. Estado de São Paulo)

Elder Boff