Cotidiano

07.12.2015

SINAIS

Talvez a presidente Dilma Rousseff nunca tenha notado, valorizado tanto assim o seu vice Michel Temer, em que pese que o colocou na articulação do governo  junto ao Congresso, cargo o qual ele abdicou.

Sexta-feira, talvez no sábado passado, Dilma, em pronunciamento, disse confiar no Temer e até se declarou meio íntima dele, dizendo que tem confiança no vice e acredita em sua fidelidade e principio de constitucionalista.

Quando a presidente toca neste tipo de assunto usando palavras como “confio” e “constitucionalista”, obviamente há o medo da desconfiança e da afronta ao que ela imagina ser legal constitucionalmente.

Temer não tem confiança da Dilma na opinião do próprio vice-presidente da República, manchete que estampa pelo menos um grande jornal desta segunda-feira, a Folha de São Paulo.

Como escrevi outro dia, Temer está na espreita.

De aspecto amorfo, quase um andrógeno político, nunca saiu em defesa firme da sua presidente, mesmo após o anúncio da aceitação do pedido de impeachment.

Eliseu Padilha saiu do ministério de Dilma, ele que é um peemedebista bem ligado ao Temer.

Padilha e outro medalhão do PMDB, Moreira Franco, vão ser responsáveis pelo “Plano Temer”.

O partido que pode assumir a presidência da república, caso prospere o fraco argumento de impeachment é o PMDB, que tem peso fundamental numa improvável votação para definir o que muitos chamam de golpe interno.

Pedro Ladeira - 24.nov.2015/Folhapress Pedro Ladeira - 24.nov.2015/Folhapress

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