Sexualidade Humana
14.09.2011
SEXO ORAL OU SEXO FALADO?
Em homenagem ao dia do sexo que foi neste mês dia 6/9, (porque 6 do 9 será??) mas também não tão atrasada, porque sexo se faz todos os dias e todas as vezes de formas diferentes, estava navegando na net e encontrei este texto muito legal no “blogmaislegal do Sandro Figueiredo.” Mas, como diria Renato Russo “sexo verbal não faz meu estilo”, ficou a pergunta, por que não? Bem falar de sexo é muito excitante e ajuda a melhorar a libido e ao mesmo tempo nos deixa mais confortáveis com a própria sexualidade.
Claro que existe hora e lugar para tanto, não vamos puxar o assunto em qualquer lugar, temos que manter a noção de hora e lugar.
O texto abaixo tem uma linguagem simples e direta, não usa meias palavras e algumas até um pouco pesadas então o texto não é recomendável para menores, mas mesmo assim é bem esclarecedor.
Sexo Verbal
Vamos falar sobre sexo. Ou melhor, vamos falar DURANTE o sexo.
Devo confessar que nunca fui uma pessoa muito comunicativa debaixo dos lençóis (mentira, falo igual rádio FM). E sempre achei particularmente ridículas as coisas que são ditas durante o nobre ato de cutucar a coruja. Não importa se você diz:
-“Princesa, estou doidinho pra cravar a minha espada na sua pombinha...”
Ou
-“Prepare-se para ter seu clitóris estimulado com vigor jamais antes visto, querida! Vou friccionar a região mais vascularizada do seu canal vaginal até que suas feições ruborizem...”
Ou ainda a pérola máxima
-“Deixa eu dar um trato nessa sua xaninha, deixa, cachorra...”
Irreverente, técnica, vulgar... Não faz diferença. Qualquer tipo de conversação nesse nível sempre é péssima (não me olha com essa cara, você sabe que é).
Mas estive refletindo recentemente acerca da importância dos diálogos meso-sexuais. E eles são impreteríveis, concluí. Por um motivo absurdamente óbvio, beirando a idiotice (afinal, preciso manter o padrão): o que se diz na cama é inaplicável a qualquer outra situação. Ou você fala esse tipo de coisa na hora do “bem bom” ou não fala em lugar algum.
Vejamos um exemplo, pra ilustrar a situação. Durval - meu amigo imaginário da fonte azul, logo abaixo -, certo dia, sentiu uma grande vontade de ter seu pintinho umedecido durante o coito com sua esposa, a sempre prestativa Geralda. Ele, então, expressou sua vontade:
-“Vai, tesão, vai... Chupa meu pau...”
Nada mais razoável. Totalmente plausível, dadas as circunstâncias. Afinal, onde mais ele poderia verbalizar sua libido senão durante o crepitar desta, não é verdade?
Agora, façamos um exercício mental. Vamos tentar encaixar a frase do recatado Durval em outro contexto. Por exemplo, num inocente diálogo acerca de suas pretensões para o próprio presente de aniversário.
-“Durval, meu bem, o que você quer de presente de aniversário.”
-“Ah, Geralda, não precisa me dar nada...”
-“Claro que precisa! Seu aniversário ta chegando e eu quero te dar algo que você realmente queira. Anda, o que você quer, amor...?”
-“Pára com isso, Geralda... Não tem necessidade...”
-“Pára você, Durval! Claro que tem! O que você quer, vai. Me fala...”
-“Não, de verdade, não precisa.”
-“Precisa sim, amor...”
-“Bom, faz o seguinte, então: só chupa meu pau, tesão.”
-“Como é que é, Durval???”
Ta vendo? É uma conversação totalmente inviável. Por mais que haja intimidade entre os interlocutores – e por mais que eles, de fato, façam o que foi dito –, as pessoas tendem a ficar tímidas quando estão vestidas, sóbrias e num ambiente com a luz acesa. Além do que, ninguém gosta muito de falar sobre a relação “pau/boca” (e derivações).
Não é justo para com o pobre Durval – embora ele pertença à Classe Média – fazê-lo guardar para si essa tão importante exteriorização de sua sexualidade. Assim como não é justo para com a pobre Geralda, ter que ouvir essa barbaridade em plena ceia de Natal na casa dos pais dela, com a família toda reunida. É preciso que haja um denominador comum a ambos. E ele se chama “quarto”. Se você não fala sacanagem lá, vai falar onde?
É bem verdade que você pode mandar várias pessoas chuparem seu pau, ao longo da vida. Mas o
-“Chupa meu pau, seu filho da puta!”
Assume um ar metafórico, agressivo e pejorativo. O tipo de coisa que você fala pra árbitros, vizinhos e profissionais de telemarketing. Eu me refiro aqui, nesse inestimável ensaio sociológico - que prima pela seriedade e competência -, ao
-“Chupa meu pau...”
Enquanto pedido, proposta e/ou cantada ruim, num contexto puramente sexual. É ESSE que você só pode dizer entre quatro paredes, por mais degradante que soe. Porque só nesse lugar ele é – com um pouco de sorte e/ou Whisky – aceito.
Por isso, o Sandro profetiza: papo durante a fornicação? Aprecie com moderação (olha, rimou).
P.S.: e se você é um daqueles matracas compulsivos, mantenha a boca ocupada. Sexo é meio que como cinema: falar demais no meio do filme atrapalha.
Gostaram do Texto?
Tão bom quanto fazer sexo é falar sobre, ter idéias, criar novas possibilidades, descobrir e realizar novas fantasias.
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