Cotidiano

14.10.2015

SAUDADE

*“Eu trago preso no laço dessa lembrança
Lindos momentos de minha infância
Que não parecem envelhecer
Raízes no chão da alma
Apesar dos tempos
Mantendo vivas no meu pensamento
Coisas que nunca vou esquecer”

 

Ao nascer, o ser humano já sente saudade do aconchego dos nove meses no ventre materno.

Todo mundo sente saudade, por mais que não se apegue ao passado.

Mas basta ter memória, estar mais ou menos sano, para lembrar coisas e fatos que deixaram saudade.

Eu por exemplo, tenho saudade da Fórmula 1 com Ayrton Senna.

Tenho saudade de pescar lambari na sanga.

Tenho saudade da Seleção Brasileira de Zico, Falcão e Sócrates.

Tenho saudade do encantamento por ir numa vizinha assistir o “Mundo Animal” na TV chuviscada.

Tenho saudade de um faroeste da TV em preto e branco que se chamava Paladino.

Tenho saudade do Cine Cacique da minha terra natal e do Cine Remonti de Santa Helena.

Tenho saudade dos filmes do Mazzaropi, Teixeirinha e José Mendes.

Tenho saudade da vida sem celular.

Tenho saudade da máquina manual de escrever.

Tenho saudade do gravador com fita cassete.

Tenho saudade dos toca-discos e dos LPs.

Tenho saudade da Casa Barraquinha.

Tenho saudade do meu pai.

*(Trecho da música Herança Nativa, letra de Joel Marques, interpretada por Luan e Leomar e também por Oswaldir e Carlos Magrão)

 

Dos LPs como este do José Mendes Dos LPs como este do José Mendes
Das piadas singelas do Mazzaropi Das piadas singelas do Mazzaropi
Dos filmes do Teixeirinha Dos filmes do Teixeirinha
E a maior saudade de todas! E a maior saudade de todas!

Elder Boff