Cotidiano

11.12.2014

RUMO AO PROTAGONISMO?

Pensa num cara que gosta de falar do porto de Santa Helena.

Mas não se pode falar do porto, só olhando para as coisas que se faz agora.

Não que eu seja um saudosista de plantão, mas justiça seja feita.

Hoje o Porto Internacional de Santa Helena está completando 12 anos de aduana integrada.

Está, digamos legal há 12 anos, com perfeita ordem de funcionamento.

Mas para chegar a este patamar, muita água rolou debaixo da ponte.

E não é ruim falar de ponte quando se fala de porto.

Tanto a ponte sobre o rio São Francisco Falso, a bela ponte curvilínea com subida e descida que liga Santa Helena a Sub-Sede, como o próprio porto, foram concebidos antes de fecharem-se as compotas do Paranazão e o lago ficar na cota máxima.

Os estudos dos que entendiam do riscado à época da construção da usina de Itaipu, indicavam certinho quanto de água ia invadir tanto de terra.

Pois não é que a água bateu certinho nos locais que a estavam esperando.

O porto, a praia e a ponte estavam devidamente construídos sob medida para a chegada da água.

E assim nasceu o porto.

E assim nasceu a praia, a ponte e tantos outros pontos à beira do Lago de Itaipu.

O Porto de Santa Helena, internacional que o é, é crucial no desenvolvimento microrregional.

Além dos bons investimentos locais, que estão sendo levados à efeito pelo atual prefeito, temos que brigar por um olhar mais apurado por parte das autoridades que compõem o complexo círculo de relacionamentos internacionais entre o Brasil e o Paraguai.

Opção ao gargalo de Foz e Guaíra, Santa Helena tem que se candidatar mais forte a sair da cena coadjuvante.


Elder Boff