Cotidiano

19.05.2010

RIO DO MOINHO

Duas dúvidas que eu tinha em relação a royalties me foram sanadas ontem quando tive a oportunidade de conversar pessoalmente com o diretor presidente da Itaipu Binacional, Jorge Samek, num encontro de jornais do interior.

Uma em relação ao fim do ressarcimento pago pela Itaipu em 2023 e outra sobre a possibilidade que surgiu, depois da história da redistribuição dos royalties do petróleo, de acontecer o mesmo com os royalties da binacional pelo aproveitamento hidráulico das terras.

Categórico, Samek respondeu dizendo que os royalties cessam junto com o prazo de pagamento da dívida de Itaipu em 2023, mas que uma possível re-divisão destes recursos é algo impensável.

Como estampa matéria de hoje do CL, o presidente brasileiro da Itaipu usou como exemplo o município de Santa Helena que tem sua divisa até a barranca do rio Paraná, mesmo submerso e não até na divisa do lago.

Desta feita, o município deve continuar recebendo a parte que lhe toca por emprestar suas terras submersas pelo lago, onde poderia haver uma indústria, produção de grãos ou qualquer outra utilização para gerar renda.

O resumo da ópera: royalties não serão subdivididos de outra forma a exemplo do que acontece com os do petróleo e em 2023 termina mesmo o prazo da atual regra.

Na opinião de Samek, o Paraná e os municípios interessados devem se preparar para brigar pela manutenção do ressarcimento porque afinal de contas, 20% da energia utilizada em todo o Brasil  é gerada porque o Rio do Moinho na região de Santa Helena Velha ou Itacorá em Itaipulândia, estão no imaginário de saudosistas.

Elder Boff