Cotidiano
16.05.2014
REVIVENDO O MARACANÂ EM 1987
Domingo vamos reviver junto com o Elói Roque em Matelândia, uma incursão ao Rio para transmitir a decisão do campeonato brasileiro. O Elói vai narrar e eu vou de repórter numa decisão de futebol.
Daí volta a memória de 1987, quando embarcamos para o Rio de Janeiro rumo ao Maracanã para transmitir pela rádio a partida entre o Flamengo e o Internacional de Porto Alegre.
Estávamos eu, Elói Roque Herthal e o amigo Adilson Noro. Fomos de ônibus porque o Roque, dizem, tinha medo de avião.
O gerente da rádio conseguiu até uma permuta em publicidade com uma companhia aérea para a gente viajar, mas...
Chegando ao Rio no sábado, nos hospedamos num bom hotel, daqueles com sauna, piscina e um café da manhã maravilhoso.
Domingo por volta de 9h da manhã nos dirigimos ao Maracanã e quando eram exatamente 11h daquele 13 de dezembro de 1987 estávamos dentro do templo do futebol brasileiro.
Como diria um velho narrador, chovia a píncaros desde aquela hora antes do meio-dia e, mesmo sem uma credencial mais específica, consegui entrar no gramado e para não perder a oportunidade, fiquei lá, debaixo de chuva até às 17h, quando o jogo começaria.
Ensurdecidos pelos mais de 90 mil torcedores, a emoção era muito grande.
Meu papel de anotações se esfarelou todo e a solução foi improvisar, também escutando os outros repórteres para não cometer gafes mais acentuadas, afinal de contas, em Santa Helena estavam vendo pela televisão e escutando a nossa aventura pelo rádio.
Quando terminou o primeiro tempo, as luzes do Maracanã foram ligadas e nestas alturas, meu microfone com fio já tinha se rompido em meio ao emaranhado dos outros profissionais.
Eu trabalhava então, com um uoktok, um rádio comunicador portátil (nem tanto assim, acho que pesava um quilo), cuja comunicação sumiu por interferência dos refletores.
Então, a solução foi correr para as cadeiras, de onde o Elói Roque transmitia e o Adilson Noro dava uns pitacos, trabalhando de comentarista, sim ele já foi comentarista no Maracanã!
Quase me perdi nos corredores do estádio, mas consegui chegar e ajudar a transmitir o restante da partida, fazendo a função de repórter de campo sentado numa cadeira.
Dá pra escrever um livro sobre aquela viagem, mas o artigo de hoje já ficou meio longo e amanhã, mesmo sendo sábado, falo da escalação dos times que tinha, dentre outros pelo Flamengo, o Zico e pelo Internacional, ninguém menos do que Taffarel.
Também tem outros acontecimentos no estádio e a nossa volta, cuja passagem por Cascavel foi sinistra.
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