Religião

29.05.2012

RECEBEMOS AUTORIDADE POR MEIO DA OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO

1-Obediência

A obediência é o primeiro distintivo do discípulo. Obedecemos a Deus porque Ele é o Senhor Soberano do universo, e nossa obediência é a única resposta aceitável para sua inefável bondade.

(Romanos 2;4) “Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te conduz ao arrependimento?” na linguagem de hoje diz (Romanos 2;4) Será que não compreendem quão paciente Ele está sendo com vocês? Ou então, não se incomodam vocês com isso? Não vêem que Ele tem esperado todo esse tempo sem castigá-los, a fim de dar tempo para que abandonem o pecado? Sua bondade tem a finalidade de levá-las ao arrependimento.

Jesus disse: “Se vocês me amam, obedecerão aos meus mandamentos” (João 14: 15).

Somente os que obedecem à palavra de Deus demonstram seu amor por Ele. O seu amor a Cristo fez que você obedecesse à ordem Dele de arrepender-se e segui-lo. O seu batismo, que ilustrou simbolicamente a morte de si mesmo e a entronização de Cristo como Senhor da sua vida, foi mais um passo de obediência (Romanos 6: 3-4) - O poder do pecado sobre nós foi quebrado quando nos tornamos cristãos e fomos batizados a fim de sermos uma parte de Jesus Cristo: através de sua morte foi esmagado o poder da natureza pecaminosa de vocês. * A natureza humana inclinada ao pecado que vocês tinham foi sepultada com Ele pelo batismo quando Ele morreu. Quando Deus o Pai, com poder glorioso, trouxe-O novamente de volta à vida, a sua maravilhosa vida nova foi-lhes dada para que vocês desfrutassem dela. E a vida cristã é uma peregrinação contínua de obediência.

Entre os militares a motivação para a obediência muitas vezes é o medo, enquanto a motivação cristã para a obediência é o amor. Somos capacitados para obedecer sistematicamente a Deus, mediante o conhecimento da Escritura (palavra de DEUS) e de nossa sincera vontade submissa.


2-Submissão
Submissão com alegria é a segunda característica de um discípulo, é muito mais do que obediência. É uma atitude interior de confiança em DEUS O Soberano, Amoroso e Onisciente. Cristo convida-nos a confiar Nele: “Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Tomem sobre vocês o meu jugo e aprendam de mim, pois sou manso e humilde de coração, e vocês encontrarão descanso para suas almas. Pois meu jugo é suave e meu fardo é leve” (Mateus 11: 28-30).

“Tomem o meu jugo” significa submeter-se à autoridade de Cristo, confiar Nele. Submissão é a precondição para o resto que Cristo promete a seus discípulos. Cristo porém, não se agrada de uma mera obediência, Ele quer também que seus discípulos sejam submissos – que confiem nele. Existe muita diferença entre submissão e obediência.

Os fariseus oferecem um exemplo clássico de obediência sem submissão. Eles obedeciam à letra da lei sem compreender o espírito pelo qual Deus desejava que ela fosse interpretada. Eles não confiavam no julgamento de Deus porque a sua lei mais alta, a lei do amor, era-lhes totalmente estranha.

A bíblia também relata incidentes de submissão sem obediência. Se as leis dos homens entram em conflito com as leis de Deus, o discípulo pode ainda ter o espírito submisso demonstrando abertamente sua confiança em Deus.

Pedro e João mantiveram espírito submisso a Deus mesmo quando desobedeciam a uma lei injusta. Quando aqueles que tinham autoridade sobre os apóstolos ordenaram-nos a parar de ensinar a respeito de Jesus, eles se recusaram a obedecer “E, chamando-os, disseram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem, no nome de Jesus. * Respondendo, porém, Pedro e João, lhes disseram: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do que a Deus; * Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.” (Atos 4: 18-20). Continuaram a ensinar a respeito de Cristo e ainda oraram pedindo ousadia para fazê-lo. A submissão à autoridade suprema de Deus exigiu que desobedecessem às autoridades temporais. Note, que Pedro e João não ocultaram sua desobediência, mas pregaram abertamente, confiando as consequências ao Senhor. Eles estavam dispostos a sofrer mais punições se assim as autoridades resolvessem, sabendo que sua obediência publica a Deus traria gloria a Ele. Se os apóstolos viessem a se sentir “culpados” caso alguém os “pegasse” fazendo aquilo que acreditavam ser justo, não teriam espírito submisso. Um ato realizado com espírito submisso não causa culpa.


3-Recebemos Autoridade por meio da Submissão


A autoridade exercida por alguém é determinada pela autoridade à qual essa pessoa se submete. O centurião romano sabia que, se Cristo dissesse uma palavra, seu servo seria curado. Ele explicou sua confiança: “[...] pois eu também sou homem sujeito a autoridade, e com soldados sob meu comando”(Lucas 7: 8). Ele compreendia o poder conferido na delegação de autoridade. Enquanto estivesse submisso a seus lideres, toda ordem que ele proferia levava consigo a autoridade do imperador. A autoridade do centurião era grande por causa de quem ele representava.

O centurião reconheceu o mesmo principio em Cristo como Ele representava Deus, e era completamente submisso à vontade do Pai, cada palavra proferida por Jesus era investida de autoridade de Deus. A confissão do centurião: “[...] eu também sou homem sujeito a autoridade” (Lucas 7: 8a)., sintetiza a base bíblica para toda verdadeira autoridade: a pessoa que não for submissa não tem direito de exercer autoridade.

O cristão não tem autoridade, a não ser que venha de Cristo. E como Cristo reina por meio da autoridade delegada, quando recusamos a nos submeter aos que tem autoridade sobre nós perdemos nossa autoridade. Vemos exemplo disso quando João instruiu Gaio a que não obedecesse a Diótrefes, por que Diótrefes não obedecia a João “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. * Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja. * Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem é de Deus; mas quem faz o mal não tem visto a Deus. ” (3João 1:9-11). A indisposição de se submeter aos que tem autoridade sobre nós é um grande pecado, com severas consequências. Paulo escreve: “Se alguém desobedecer ao que dizemos nesta carta, marquem-no e não se associem a ele, para que se sinta envergonhado; contudo, não o considerem com inimigo mas chamem a atenção dele como irmão” (2Tessalonicenses 3: 14-15). O cristão que se recusa a submeter-se aos que tem autoridade sobre ele é como uma criança que fugiu de casa, que tentará “se virar” sozinha, mas sua sobrevivência estará seriamente ameaçada sem a supervisão de um adulto. Quem se priva da direção espiritual de um orientador rejeita a provisão de Deus para seu alimento e enfrenta um futuro incerto. A confiança é à força do discípulo. Partes extraídas do livro A formação de um discípulo, do autor Keith Phillips.

Até a Próxima Edição se assim DEUS o permitir. [email protected]

Kety Rubel