Uma das coisas mais abomináveis é o racismo, que está longe de ter desaparecido no Brasil e em muitas partes do mundo.

Assistindo parte de uma entrevista do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, fiquei pasmado ao saber que ele está processando um jornalista por racismo.

O cara é a maior autoridade da justiça brasileira e o jornalista em questão trabalha no jornal O Globo.

Se um caso desses acontece com figuras tão importantes da sociedade, imagine o que se passa entre as pessoas mais comuns.

Outro dia o juiz, desta vez de futebol, Marcio Chagas do Rio Grande do Sul, teve bananas jogadas ao seu automóvel, o que custou ao Esportivo de Bento, uma pena (considerada branda demais) de perda de alguns mandos de campo.

Joaquim Barbosa, voltando ao ministro presidente do Supremo, não gosta que fale que veio de uma infância pobre e venceu na vida.

Ele disse que soube aproveitar as oportunidades que foram aparecendo na sua vida.

Pode estudar em boa universidade, teve chance e agarrou com esforço e dedicação.

Quanta gente, não importa se de origem pobre, classe média ou rica, deixa escorrer entre os dedos, a chance de aproveitar as oportunidades e vencer na vida.

Mas, nada cai do céu, e para agarrar as chances, a gente tem que padecer bastante e fazer, muitas vezes, coisas que não gostamos, mas temos que aturar com firmeza e persistência.

Retornando ao que disse o jornalista, pra ver o absurdo que cometeu:

“Para entender melhor Joaquim, acrescenta-se a cor - sua cor. Há negros que padecem do complexo de inferioridade. Outros assumem uma postura radicalmente oposta para enfrentar a discriminação".

Não sei não, mas esse processo já tem final previsível.