Cotidiano

30.04.2015

QUE FELICIDADE

Não sei se por opção ou razões econômicas, ainda há gente sem celular no Brasil.

Ontem vi uma notícia no Estadão de São Paulo, que o número de linhas de celular é maior até que o de habitantes, mas, mesmo assim, tem quase um quarto da população sem o aparelhinho.

Isso quer dizer que tem muita gente com mais de um número no nome ou que tem linhas que se perderam com o tempo.

Mas deve ser muito feliz quem não tem celular.

O celular é um Pager que te persegue impregnado ao corpo.

O pior, você tem a agenda, vê quem tá ligando e por educação atende:

- Alô, você está onde?

Pergunta indiscreta que não pode ser feita. O certo é pedir se o interlocutor que lhe foi gentil ao atender a ligação, pode falar.

Mas os homens, invariavelmente, usam o celular no bolso da frente, as mulheres no bolso de trás.

Também nunca descobri porque isso.

Podem observar, que a grande maioria das moças, mocinhas principalmente, usa o celular no bolso de trás.

As senhoras já preferem a bolsa.

E olha que a maioria delas perde a primeira chamada.

Ou aguarda a ligação de novo ou retorna, porque a bolsa da mulher tem muita coisa e várias repartições.

Primeiro tem que achar a bolsa, depois descobrir em qual parte dela está o celular, às vezes tirar a capinha e enfim, abri-lo para atender.

Nestas alturas a ligação já foi pro brejo.

Mas feliz mesmo é quem não tem celular, que não é perseguido por esta maquinha que inventaram para resolver problemas que a gente não tinha.


Elder Boff