Cotidiano
12.08.2014
PROVECTO?
Faleceu ontem uma figura quase que centenária, de muita importância em nossa região.
O arcebispo dom Armando Círio, contava com mais de 98 anos.
Alcançou idade excepcional que poucos conseguem.
Não vou me ater à sua biografia, brevemente discorrida em matéria do plantão do CL durante o dia de hoje, mas sim, à graça das pessoas de alcançar tamanha idade.
E olha que isso já não é mais tão comum nos dias de hoje.
Meu avô materno, seu João Giacomelli, a quem carinhosamente chamávamos de nono Joanim, morreu aos 90 anos e três meses.
Meu querido pai viveria mais de 90, não fosse o destino ter fatidicamente tirado a sua vida aos 83.
Antigamente, quando comecei a reparar o meu pai, ele já me parecia velho.
Tá certo que ele casou com 35 e só o vislumbrei um pouco mais com discernimento quando ele já passava dos 40.
Mas as pessoas com 45, 50 anos, eram velhas antigamente.
Hoje, há senhores garbosos aos 70, 80 e até bem acima disso, esbanjando juventude e até se mantendo em estripulias sexuais.
Estou hoje com a idade tal que eu considerava um velho quando era menino.
Ou será que também já estou velho aos olhares dos bem mais jovens.
Já não é tão incomum assim a gurizada me chamar de tio.
Ou eu não percebi que envelheço ou me falta realismo à frente do espelho.