Psicologia

10.03.2020

PREVENÇÃO AO SUCÍDIO

Atualmente em nossa sociedade muitas pessoas ainda sofrem caladas, por medo de expor seus sentimentos, por não ter com que conversar, não ter condições financeiras para fazer terapia, receio do que os outros vão dizer, não ter forças para buscar ajuda, etc.

O Suicídio refere-se ao ato de tirar a própria vida intencionalmente, é um problema complexo para o qual não existe causa ou razão única.  Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais.

Em nossa região (Oeste do Paraná), podemos observar nos últimos meses diversos casos que foram apontados como suicídio, o que acende um alerta para a população e também para os profissionais da saúde. Muitas situações de suicídio podem ser prevenidas se pudermos entender os sinais e buscando auxílio profissional.

Estudos mostram que os possíveis fatores associados ao suicídio são: depressão, transtorno de personalidade, alcoolismo, uso de substâncias psicoativas (drogas), esquizofrenia, transtorno mental orgânico, bullying, etc.

A OMS traz orientações para perceber e auxiliar pessoas com ideações suicidas:

O contanto inicial com o suicida é muito importante. Frequentemente o contato ocorre numa clínica, casa ou espaço público, onde pode ser difícil ter uma conversa particular.

1. O primeiro passo é achar um lugar adequado onde uma conversa tranquila possa ser mantida com privacidade razoável. 2. O próximo passo é reservar o tempo necessário. Pessoas com ideação suicida usualmente necessitam de mais tempo para deixarem de se achar um fardo e precisa-se estar preparado mentalmente para lhes dar atenção. 3. A tarefa mais importante é ouvi-las efetivamente. “Conseguir esse contato e ouvir é por si só o maior passo para reduzir o nível de desespero suicida.

Como se comunicar:

 • Ouvir atentamente, ficar calmo. • Entender os sentimentos da pessoa (empatia). • Dar mensagens não-verbais de aceitação e respeito. • Expressar respeito pelas opiniões e valores da pessoa. • Conversar honestamente e com autenticidade. • Mostrar sua preocupação, cuidado e afeição. • Focalizar nos sentimentos da pessoa.

Como não se comunicar:

 • Interromper muito frequentemente. • Ficar chocado ou muito emocionado. • Dizer que você está ocupado. • Tratar o paciente de maneira que o coloca numa posição de inferioridade. • Fazer comentários invasivos e pouco claros. • Fazer perguntas indiscretas (OMS, 2000).

LEMBRE-SE de buscar apoio profissional (Psicólogos, Psiquiatras, Médicos, Agentes de Saúde pública, postos de saúde municipais, CAPS, CVV).

 

Você pode buscar auxílio em Santa Helena através do CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), telefones: 3268-8357, 3268-8355 e 3268-8353. Se você mora em outra localidade pode buscar informações no Posto de Saúde mais próximo.

Ainda pode contar com o atendimento do CVV – Centro de Valorização da Vida com atendimento 24 horas por dia gratuitamente através do número 188.

https://www.cvv.org.br/

 

Referências:

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS DEPARTAMENTO DE SAÚDE MENTAL. GENEBRA, 2000.




Luna C. C. M. da Silva