Com a eleição de José Sarney para a presidência do senado e de Michel Temer para a câmara dos deputados o PMDB vai se solidificando como o partido que mais influenciará nas eleições presidenciais do ano que vem.

As duas eleições das grandes casas legislativas do Brasil sinalizaram para uma vitória dividida entre o PT que está apostando em Dilma Rousseff e o PSDB do candidatíssimo José Serra. Isso porque o PMDB, de tão grande que é, está dividido. Temer é Serra e Sarney é Dilma.

Para se ter uma idéia do tamanho do PMDB no Brasil, o partido elegeu mais de 1200 prefeitos nas últimas eleições em outubro de 2009. O segundo colocado é o PSDB que administra quase 800 municípios no país. Só depois ao redor de 550 prefeitos vem o PT e o PP, seguidos de perto pelo DEM, com aproximadamente 500 chefes de executivo pelo Brasil afora.

A capilaridade do PMDB é decisiva para a eleição presidencial, em que pese sua cisão natural que já vem exemplada de cima. Se Sarney e Temer resolvessem compactuar da mesma idéia e irradiassem sua decisão para seu séquito, o negócio seria arrumar um candidato próprio. Mas a história conta que o PMDB, tal qual acontece com o DEM e PP, vão continuar sendo coadjuvantes.