Cotidiano

12.09.2011

PICOLÉS

Outro dia, depois de uma visita para cobrir o dia de Luto e Luta, falei da escola pública que estudei, a Graciliano Ramos, na qual fiz o ginásio, que agora chamam de ensino básico.

Achei o aspecto do educandário um tanto quando abandonado. Inclusive fui criticado (isso é normal) por ter ido lá e pego outro ângulo, que não a razão do movimento paredista de um dia.

Todos sabem e esta história já é muito requentada, que a polícia, durante o governo de Álvaro Dias, há anos e anos atrás, atropelou com equinos, os professores que se manifestavam em praça pública em direção ao Palácio Iguaçu.

Mas, de longe queria desmerecer o movimento, mesmo que, publiquei o relato queixoso de um dos professores, que na época do acontecido, deveria estar num colégio, não como docente, mas como discente chupador de picolés.

Antes que se incomode. Eu chupava picolés no intervalo das aulas, no mesmo Graciliano, no Marechal Deodoro e até no Humberto de Alencar Castelo Branco. Se bem que, deste último, já íamos pro “cachorrão” tomar uns tragos.

Mas relembro esta história, ao ver hoje, uma manchete na Gazeta do Povo, dando conta de que a maioria das escolas boas é particular e a maioria das escolas ruins, é pública.

Isso de acordo com o Enem, Exame Nacional do Ensino Médio. É justo lembrar que vi contestação por parte de um professor do ensino público, dizendo que ENEN não é parâmetro e sim o IDEB.

Mas, mesmo assim, relembro, que as benesses para os mestres, não se traduziu em boa política para a escola pública paranaense nos últimos tempos. Fico sentido, pois sempre defendi e sempre defenderei a qualidade no ensino público, no qual me formei no primário, no ginásio e no segundo grau.

Elder Boff