Cotidiano
19.08.2009
PERSONIFICAÇÃO
Estive por alguns instantes acompanhando a sessão da câmara de Santa Helena nesta semana e ouvi pelo rádio o restante e uma velha discussão continua em forma.
Em todas as reuniões da edilidade local, sempre são mencionados os prefeitos que teriam feito ou não alguma coisa.
O grande problema é que a gente personifica o poder público e os mandatários são considerados “donos” do município por causa do efeito político pró ou contra.
Isso acontece porque quase não existem projetos em longo prazo. Já citei esta tese anteriormente, pois temos alguns exemplos de projetos mais alongados, caso da praia, do porto e até podemos falar do investimento da cooperativa Lar em Vila Celeste.
Santa Helena precisa de mais projetos como estes que se voltam ao desenvolvimento. Metas têm que ser traçadas não só para um mandato, mas para 10, 20 anos, talvez até mais.
Dentro de um tripé desenvolvimentista que pode abranger a educação, a agroindustrialização e também o turismo. Tudo isso junto, desenvolveria o comércio, indústria e prestação de serviços.
Os prefeitos seriam os gerentes das idéias e projetos já concebidos. Incrementariam seus governos com ações inovadoras nos serviços da saúde, nas obras de viação e na manutenção da máquina essencial.
Ainda, paralelo a tudo isso, idéias de incremento a outros setores como a urbanização, esportes, setor social e tantos outros segmentos que podem sim ter as ações particulares dos “gerentes” do momento.
Mas o cerne do desenvolvimento já estaria traçado de acordo com nossa vocação e daí acabaria com a personificação da administração pública.
Julio fez, o Silom continuou, o Gico reformou e a Rita pagou se traduziria em: Santa Helena fez, continuou, reformou e pagou.