Cotidiano

26.07.2010

PASSIONAL

Enganam-se os que pensam que as pesquisas eleitorais que saem agora, distantes mais de dois meses do dia da eleição, são a definição acerca do pleito.

Nem no Paraná, nem no Brasil, os números permanecerão os mesmos. Algum fato inusitado, alguma informação importante sobre um candidato, pode pesar favorável ou negativamente e tudo pode mudar.

Muitos eleitores são mesmo uns Maria-vai-com-as-outras e quando aparece alguém em primeiro, eles mudam de opinião e passam a defender aquela tese de vitória antecipada.

Mas a consciência eleitoral e a defesa inconteste da vontade original, começa também a tomar corpo e cada vez mais tem eleitores cônscios de suas determinações.

Beto e Osmar, Dilma e Serra, hoje estão tecnicamente empatados. Ligeira vantagem para os dois primeiros de cada dupla de candidatos.

O que definirá o pleito será o programa de TV e o modus operandi da campanha. Nem acredito em influência de Lula nas eleições. O povo, sábio cada vez mais, sabe que, quem vai governar em caso de vitória é a Dilma e não Luis Inácio.

Mesma coisa para o senado no Paraná. Requião e Gleisi, só tinham que estar na frente. São candidatos há um século. Mas no frigir dos ovos, tanto Gustavo Fruet como Ricardo Barros, podem surpreender, ou pelo menos um deles.

O raciocínio é lógico. Há duas vagas. O eleitor vota em dois candidatos ao senado. Se o pessoal que vota Osmar e que não é muito ligado ao Requião, resolver eleger a Gleisi, o segundo voto poderá ser de Fruet.

Da mesma forma o pessoal que vota Beto. A maioria vai escolher um dos candidatos da coligação e o segundo poderá ser um sufrágio mais passional e com todo respeito ao ministro, a Gleisi, neste caso, pode ser a segunda opção.

Elder Boff