Enquanto uns rezavam e ouviam um perfeito quarteto numa igreja, outros se extasiavam com willing e outros tantos se deleitavam na feira.

Tinha aqueles que estavam concentrados em eventos que marcam a semana da consciência negra.

Assim, Santa Helena tinha programas variados, para todos os gostos. Satisfação ao paladar, para a alma, para atiçar a adrenalina e pra lembrar que um pouco mais de melanina, não pode ser fator de diferenciação na sociedade.

Por partes. O quarteto que veio cantar em frente à Igreja Batista na Rua Argentina, foi o canto da sereia. Não pude aguentar aquela afinação toda emoldurada por quatro vozes divididas em barítono, primeiro soprano, segundo soprano e baixo.

Dava pra viajar na entonação que arguia nosso condicionamento de fé através das belas letras que sempre promovem a elevação espiritual.

O ronco das motos tentava competir ao fundo. Uma empresa comemorava aniversári, a Falcon Motos e por isso, nada mais relativo do que promover o tal de willing que se traduz em peripécias sobre duas rodas.

E como tem que gosta de cutucar a adrenalina, mesmo quem não anda de moto, vê o show e se diverte.

A feira, que acontece todas as quartas e sábados já virou também um ponto de encontros de ávidos gastrônomos orgânicos. Glutões ou não, se revezam nas barracas para tentar acabar com os estoques de queijos, natas, bolos, pães, salames, mel e até tapiocas.

E a semana da consciência negra promove exposições no saguão da prefeitura e hall de entrada do Banco do Brasil, com maquetes e desenhos que mostram os costumes negros. Na escola de jovens e adultos, CEEBJA, também acontece durante três dias.

O dia específico de comemoração à consciência negra é 20 de novembro.