Cotidiano

13.01.2010

PALCO DERRADEIRO

Em 2006 quando Zilda Arns foi indicada para o prêmio Nobel da Paz, torci como nunca para que ela arrebatasse este prêmio. Com certeza, os mais de U$ 1 milhão da premiação, seriam totalmente carreados para as crianças carentes do Brasil e do mundo afora.




Foto: previ.com.br (leia mais neste site sobre a vida da dra. Zilda)

 

Infelizmente ela não venceu e ficou um sentimento de perda muito grande para os que a cercavam e também para quem conhecia o trabalho da voluntariosa mulher que ajudou a milhares e milhares de crianças a saírem da inanição.

 

Minha mãe é voluntária da Pastoral da Criança há muitos anos e ao telefone, expôs sua perplexidade diante da notícia da morte trágica da mentora desta que é a ONG mais útil que se tem notícia.

 

Quis o destino, que Zilda morresse dentro de uma igreja e no país mais paupérrimo das nossas Américas. Quem lutou a vida inteira contra a miserabilidade, principalmente das crianças, epiloga a sua caminhada num cenário que retrata direitinho sua missão.

 

Ficam órfãs, principalmente os milhares de mulheres brasileiras que todos os dias participam das pesagens das criancinhas e distribuem a multimistura, remedinho simples, natural e básico para o combate à fome dos pequenos mais desafortunados.

 

Fica órfã, a Igreja Católica, que firmou a mais bela parceria da história da instituição no Brasil, que já se espalhava por outros países do mundo afora. Até no Haiti, palco derradeiro da artista do amor às crianças!

Elder Boff