Conhecendo a Europa
29.04.2013
OS JARDINS DO CHATEAU DE VERSAILLES
Os jardins
Os jardins, tal como o palácio, são um museu na íntegra. Luís XIV foi o conceptor e desejava que fossem vistos como tal. Subordinado mas complementar do palácio, o parque simboliza o topo dos jardins ditos “à francesa”com os seus múltiplos efeitos de surpresa através da sua imensa perspectiva, os seus traçados regulares, os seus jardins, os seus bosques ou ainda os seus espelhos de água que refletem os edifícios.
Por sua imensidão, claro q não consegui visitar tudo. Pois ele possui a parte Oeste (leste-oeste, Norte-Sul), os jardins de água, o lago de Apolo, jardim do norte, os lagos do dragão e de Netuno, lado Midi com o jardim do Midi, o Laranjal e o lago dos Suíços, as Alamedas e os bosques, o lago das estações, sala de Baile e o bosque da Colunata, os bosques do Encélado e dos Dômes e o bosque dos Banhos de Apolo.
O Jardim de Água
Ao pé dos edifícios Le Nôtre cria os jardins, desenhados para serem vistos dos andares. São também concebidos para pôr em valor a arquitetura do palácio. De uma rigorosa horizontalidade, os dois lagos do Jardim de Água, espelhos onde se refletem as fachadas – realizados mais tarde (pelos anos 1685) – traduzem essa concepção levada ao extremo.
(realmente você pode se imaginar usando belíssimos vestidos da época descendo por esses jardins pensando como era naquele tempo)
Esculturas de pedra, mármore, de chumbo, de bronze proliferam os jardins com os personagens e animais, tirados muitas vezes da mitologia ou de alegorias. Le Nôtre tinha o cuidado para que elas realçassem e não contrariassem as linhas do jardim. Poderosas figuras deitadas vieram, assim, adornar as orlas dos jardins, estas obras-primas de bronze representam os rios e ribeiras da França, símbolos do reino.
(o bosque dos Banhos de Apolo)
A Sala de Baile e os bosque da Colunata:
Quase contemporâneos (ambos realizados entre 1680 e 1690), são, porém muito diferentes porque um foi concebido pó um jardineiro, André Le Nôtre e o outro pelo arquiteto Jules Hardouin-Mansart. Um joga com elementos, naturais: águas correntes, rochedos e conchas, vegetais cobrindo taludes e degraus.
E o outro, frio e perfeito peristilo de 32 colunas que rodeiam uma obra-prima de Girardon, o Rapto de Proserpina por Plutão, é apenas arquitetura e escultura, mármores e águas. Este guache de Cotelle mostra que o centro da sala de Baile era na origem ocupado por uma ilha à qual se tinha acesso através de pequenas pontes. Ceias ou colações, ballets ou teatros musicais podiam serem oferecidos aí à corte como nos outros bosques. (Poderão visualizar no vídeo que fiz dela)
Os bosques do Encélado e dos Dômes:
Estes dois bosques vizinhos do algo de Apolo ilustram duas tendências da arte francesa na época de Luís XIV. A serenidade do bosque dos Dômes contrasta com o cruel efeito dramático do bosque do Encélado, realizado por Marsy em 1675-1677 sobre um desenho de Charles Le Brun. Diz a lenda e é ilustrado ali que o gigante Encélado, chefe dos Titãs, revolta-se contra Júpiter, para atacar o Olimpo. Logo, ele tenta atirar uma enorme pedra da montanha, em uma batalha de deuses, ela é lançada de volta contra ele, matando-o.
(bosque dos Dômes)
O Laranjal e o Lago dos Suíços:
Mais abaixo do Palácio, o Laranjal está dissimulado sob a terra. Rodeado pelas escadarias de Cem Degraus, assegura a estabilidade dos terrenos. Em virtude da amplidão do espaço (155 metros de comprimento para a galeria principal e 13 metros de altura), da pureza das suas linhas e da beleza das suas abóbadas, o Laranjal é um dos lugares onde Jules Hardouin-Mansart afirmou melhor o seu talento de arquiteto.
(por ser gigantesco, mostro uma pintura para melhor ilustrá-lo)
Abriga 1080 árvores delicadas: todas em caixas, são laranjeiras de Portugal ou da Itália, limoeiros, romãzeiras que, algumas delas, têm mais de 200 anos, loureiros, palmeiras (somente desde o início do século). As árvores produzem poucas frutas porque são podadas em bola para a decoração. A meados de Maio, os jardineiros tiram-nas e são em seguidas recolhidas em meados de Outubro.
Mais de três séculos e meio após sua criação, o domínio, embora amputado dos seus terrenos de caça, permanece considerável, simplesmente inacreditável.! Da vontade de Luís XIV de edificar a sua residência como um símbolo da sua gloria e do seu poder absoluto, nasceu um palácio suficientemente grandioso e sumptuoso para dar a conhecer o nome de Versalhes ao mundo inteiro.
Embelezado pelos sucessivos soberanos, que recorreram aos maiores artistas e arquitetos do seu tempo, o palácio é um testemunho de um estilo Francês nos seu apogeu. Além de um vestígio da monarquia francesa, revela-se um magnífico museu de arte e de história. Vale a pena visitá-lo, passar um dia inteiro, e se imaginar inserido no tempo junto com ele.