Cotidiano
19.04.2013
ONDE VOCÊ ESTÁ?
Antigamente a gente se escondia sob uma cabine telefônica hermeticamente para falar com os parentes distantes, cuidando para que as pessoas que estavam esperando a vez no “PS”, não auscultassem nosso colóquio.
Hoje, tropeçamos em gente nas ruas, no comércio, nos ônibus e até nas igrejas a vociferar em alto brado ante a um celular, sem se importar com o que os outros estão ouvindo do diálogo.
O problema é o volume do som da voz. A pessoa se individualiza na conversa, dá ouvidos para o interlocutor do outro lado do telefone e parece não imaginar que está invadindo a privacidade de outrem ao redor do seu espaço físico.
Outra situação que chega a ser cômica é o esquecimento (ou não) de silenciar o toque do celular quando entra num ambiente como uma igreja, por exemplo.
O padre ou pastor está no meio da homilia, quando o som da chamada ecoa por todos os recantos do templo.
O celular é útil, mas precisa ser usado da forma correta.
Também ao ligar para alguém, a pergunta mais aconselhável não é “onde você está”.
A pessoa já está sendo gentil em lhe atender.
Pergunte de prima: “Você pode atender?” e depois prossiga, mas mesmo assim se contenha em perguntar onde a pessoa está.
Talvez você force uma pequena mentira para lhe satisfazer a curiosidade.