Cotidiano
21.07.2014
O VENTO FORTE
Tem dias que a gente topa com extremos, dos quais tiramos lições que não são efêmeras.
Os ventos tempestuosos que sopram no âmago da alma, desconfortam nosso viver.
Tal e qual a tepestade do externo, que é inevitável quando a força natural se irrompe, aquela do nosso interior muitas vezes não depende da nossa vontade.
Cabe-nos a fazer o rescaldo do resultado da intempérie agoniante e ouvir o vento do bem, que não nos quer infringir.
O vento forte das coisas ruins, canalizado pro meu íntimo, não pode me fazer arrefecer...
E valho-me da música dos Monarcas:
Pedi ao vento pra acalmar as ondas dos sete mares.
Pedi ao vento que leve harmonia a todos os lares.
Pedi ao vento que leve embora a impureza dos ares.
Pedi ao vento em orações que fiz nos altares.
Pedi ao vento pra nos conduzir na estrada da vida.
Pedi ao vento que encontre a criança desaparecida.
Pedi ao vento que dê ao doente conforto e guarida.
Pedi ao vento que a minha prece seja ouvida.