Cotidiano
25.01.2009
O PODER DE SEIS BILHÕES
Na próxima segunda-feira dia 2 de fevereiro vão acontecer as eleições para escolha das novas mesas diretivas do senado e da câmara. No mundo político, pouco vai se falar de outra coisa senão sobre a disputa para os cargos, principalmente o de presidente de cada casa.
José Sarney vai enfrentar Tião Viana. PMDB e PT, respectivamente um partido aliado a Lula e o outro do próprio presidente, vão para a disputa no voto. Há dois anos, Sarney disse que não concorreria mais à presidência do senado. Conversa de político que nunca diz que vai ser candidato nas próximas eleições. O é agora.
Na câmara, a disputa aponta ser entre o peemedebista Michel Temer, Aldo Rebelo, Ciro Nogueira e Osmar Serraglio, este último a exemplo do primeiro, do PMDB. Rebelo é do PC do B e Nogueira do PP. O paranaense Osmar Serraglio lançou candidatura avulsa, contra a vontade do seu partido.
Osmar Serraglio do PMDB do Paraná
Mas por que há tanta disputa para a presidência das duas casas? Poder e dinheiro. Juntos, senado e câmara têm mais de 20 mil funcionários, TVs, rádios, hospitais, gráficas e centros de informática. O orçamento do congresso ultrapassa a casados seis bilhões de reais, algo parecido com o orçamento de um estado como o Rio Grande do Norte.
Só para se ter uma idéia do poder que é ser presidente do senado, lá existe cerca de 400 funcionários que ganham praticamente o mesmo salário de um senador. Na câmara, o presidente vai comandar mais de 14 mil funcionários e ainda de quebra, quando Lula viajar e se José Alencar não estiver disponível, assume a presidência da república.