Antevéspera do dia dos namorados e me deparo diante do computador para apor palavras e meio sem inspiração me vem à tona um assunto quase que institucional apesar da especificidade que encerra em si, o dia 12 de junho.

O dia dos namorados é uma das datas especiais que não é feriado, que mais movimenta a economia. Nenhuma outra comemoração fora aquelas mais tradicionais como o Natal, Páscoa, Dia das Mães e dos Pais, tem mais apelo comercial do que o nosso Valentine’s day.

Digo nosso porque nos Estados Unidos e em grande parte de outros países, inclusive da Europa, o dia dos namorados é comemorado no dia 14 de fevereiro, dia de São Valentino, que foi um desobediente em favor do amor.

São Valentino foi um padre mártir, que viveu no início da era cristã, no mesmo tempo do imperador Claudios II, que queria soldados livres de companheiras para melhor guerrear e chegou a proibir o casamento à sua época.

Valentino não gostou da idéia e continuo intervindo a favor da junção dos corações apaixonados. Em razão disso, foi perseguido, preso e executado.

No Brasil, apesar do dia dos namorados cair um dia antes da festa religiosa de Santo Antônio, considerado o santo casamenteiro, nada tem a ver com o doutor da igreja.

A data nasceu com propósito puramente comercial mesmo. João Dória, publicitário da Agência Standart, nos idos de 1949, desenvolveu uma propaganda para as extintas Lojas Clipper, na qual conclamava os corações apaixonados para presentear com o slogan: “Não é só de beijos que se prova o amor”!

A Standart ganhou o prêmio de agência do ano e a moda pegou no dia 12 de junho, para alegria dos comerciantes até hoje. E você já pensou o que vai dar para o par, seja namorado, noivo, casado ou ficado?