O que antes era tratado como algo futurístico, hoje é realidade em vários lugares do mundo. Historicamente, a mecanização trouxe e continua trazendo reduções drásticas no número de trabalhadores. Além da mecanização, vários robôs vem sendo inseridos em funções que antes eram efetuadas por pessoas.

Há uma grande variedade de novas tecnologias voltadas a robótica avançada, tendo como intuito a criação de computadores mais rápidos e melhores, com foco em inteligência artificial.

As máquinas ainda não são capazes de interpretar uma “inteligência geral”, com ambientes diferentes e complexos, isso exigiria muitos recursos computacionais, que na verdade é o foco da inteligência artificicial: fazer com que as máquinas criem sua própria conciência, tomando decisões a partir de dados de pesquisas e/ou informações pré estabelecidas.

Os robôs vem substituindo humanos tanto diretamente quanto indiretamente, podemos usar como exemplos indiretos :

Impressoras 3D: Eliminaram diversas vagas de emprego na manufatura.

Máquinas em industrias de produção (automatização): Hoje máquinas fazem o trabalho que antigamente havia necessidade de diversos trabalhadores.

Aplicativos para automação de processos: Programas já desenvolvidos, como aplicativos de sales force, resulta a diminuição do número de trabalhadores, uma vez que menos funcionários conseguem abranger uma área de vendas maior, internamente, um número menor de pessoas conseguem visualizar, aprovar e faturar pedidos que já aparecem prontos no sistema.

Carros sem motoristas: Há diversos testes sendo realizados em vários países, inclusive no Brasil. A Uber, está em processo avançado de liberação nos Estados Unidos, para que seus carros possam operar sem motoristas, dependendo apenas de liberação burocrática. Como dito em um artigo anterior, esta tecnologia depende de várias condições de infraestrutura, como: boas estradas, conexão de internet de alta velocidade, sinalização, entre outros.  Um fator preocupante, é que testes também estão sendo feitos em caminhões, uma das profissões mais comuns em todo o mundo.

O início de 2017, está sendo marcado por substituições diretas de funcionários.

Recentemente, robôs da IBM substituiram 34 funcionários de uma empresa no japão. Trata-se do Watson, também já mencionado em um artigo anterior no Correio do Lago. O Watson é uma plataforma de computação congnitiva, funciona como um software de análise de dados com inteligência artificial, ajudando em tomadas de decisões, entre outras funções.  O Watson é o que mais se aproxima de um robô humano, pois ele “pensa” como um humano e consegue interpretar textos, áudios, imagens e vídeos.

Sua tarefa na empresa japonesa, será basicamente ler documentos médicos e determinar pagamentos com base em ferimentos históricos e procedimentos médicos.

O investimento é alto, tanto para implantação como manutenção anual dos robôs, mesmo assim a empresa esperar reduzir despesas em mais de um milhão de dólares por ano, com uso do Watson.

No Brasil o Watson é usado no Banco Bradesco, ele aprendeu nosso idioma e a IBM o ensinou a responder mais de 50 mil perguntas sobre os funcionários, referente ao seu dia-a-dia de trabalho.

Os tão almejados Iphones, também passarão a ser produzidos por robôs. A Foxconn, empresa que fabrica os produtos da Apple, pretende automatizar todas as suas fábricas da China.

A transformação será feita em três fases, na primeira substuindo apenas os trabalhos humanos repetitivos ou perigosos, a segunda melhorará a eficiência da linha de produção e a terceira automatizará as fábricas inteiras, deixando humanos apenas em logística, testes e processos de inspeção, com um número bem reduzido de funcionários.

Com base no Fórum Econômino Mundial, são previstas a eliminação de mais de 7 milhões de empregos nas 15 maiores economias nos próximos anos. Os Robôs se saem melhor quando se trata de trabalhos repetitivos, tendo um índice de erro muito menor que os humanos. No caso da China, um empecílio para a substituição total de humanos por robôs, é que a mão de obra humana é mais barata que o investimento e a assistência necessária para os robôs.

O fato é que devemos nos preparar para as tendências do futuro, e consequentemente suas mudanças. Como uma estimativa de que nos próximos 20 anos entre 47% e 49% dos empregos serão ocupados por robôs, a única certeza é que teremos que estar preparados para efetuar funções mais complexas e dependentes de análises humanas.

Fontes:
Revista Exame: Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/robo-da-ibm-substitui-34-funcionarios-de-empresa-no-japao/
Free the essence: Disponível em https://www.freetheessence.com.br/nova-economia/modelos-disruptivos/foxconn-trabalhadores-robos/