Cotidiano

24.11.2013

MUITO REMÉDIO?

Vi uma entrevista do Frei Betto na qual ele relatou vários tópicos inerentes ao momento político brasileiro, elogiou Lula e Dilma, mas também criticou a falta de mudanças estruturais no Brasil de 10 anos para cá.

Outra crítica é em relação à falta de diálogo entre a presidente e os movimentos sociais, que se reduziram quase a pó.

Mas uma constatação veio do que o religioso considera um acerto do governo.

Os médicos cubanos, cujos profissionais, dois deles, atuam em Santa Helena.

Segundo uma analogia inicial, o espanto dos médicos estrangeiros é a forma com que atuam muitos dos colegas brasileiros.

Segundo Frei Betto, os cubanos estão impressionados com a medicina brasileira, que nutre a indústria farmacêutica.

Dispensam-se muitos remédios.

O círculo do consumo exagerado de medicamentos, entretanto, começa no exagero do número de consultas.

Basta a ir a postos de saúde na segunda-feira. Eles estão cheios de gente querendo consultar.

Consulta gera necessidade de remédio, de exame e às vezes de encaminhamento.

Descontando o custo, há o risco de excesso medicamentoso.

Geladeiras, às vezes, tem uma ocupação meio à meio entre remédios e alimentos.

Elder Boff