Cotidiano
20.02.2013
MONOGAMIA
“É tão absurdo dizer que um homem não pode amar a mesma mulher toda a vida, quanto dizer que um violinista precisa de diversos violinos para tocar a mesma música.”
Honoré de Balzac
Trabalhando no estande da Sanepar no Show Rural em Cascavel, pude aprender muita coisa sobre gente e animais.
Sobre gente, interagi com umas 10 mil pessoas, por baixo, sendo que no mínimo umas quatro mil trocaram algumas palavras comigo, pois a função era fazer a promoção da ação da estatal e também, ao microfone sempre, falar sobre a parceria com o Instituto Harpia, que abrilhantava o local com um “Safari Noturno” de dia.
Munidas de lanternas, as pessoas passavam por um túnel escurecido como se fosse um passeio à noite por uma floresta.
Deparavam-se com macacos raros, tigres, como o de Bengala, répteis como a Cascavel e aves como a própria Harpia que dá nome ao Instituto que mantém milhares de animais taxidermizados.
Mas a Arara Azul chama atenção por um aspecto, que Honoré de Balzac parafraseou antigamente. Ela é monogâmica, como a minoria dos seres humanos.
A linda, grande e cobiçada parente rica dos papagaios, quando arruma uma fêmea para si, jamais larga do pé dela.
Fica “casada” a vida toda. Se a parceira sucumbir e alçar voo no infinito rumo aos céus dos Anodorhynchus Hyacinthinus, fica o macho viúvo para sempre e sozinho.