O Porto Internacional de Santa Helena apresentou um aumento significativo na sua movimentação na ordem de 25% em 2011 em comparação ao ano anterior.

Parece pouco, mas não é. Numa economia brasileira projeta para crescer num patamar de 5% quando muito, 25% são cinco vezes mais.

O porto é, definitivamente, ponto de negócios internacionais entre o Brasil e o Paraguai. O sonho é ver a cabotagem funcionando também.

O complexo portuário de Santa Helena, projetando o futuro, deve continuar servindo para a travessia internacional ligando os dois países em questão, Brasil e Paraguai, mas também deve funcionar como porto de cabotagem, ligando a nossa região a outras regiões do Brasil.

Ainda não vi um defensor ferrenho no senado ou na câmara federal, brigando inconteste pela hidrovia Paraná-Tietê.

O que está faltando para que utilizemos a imensidão de água, a bondade da natureza, para transportar, num modal mais econômico, as riquezas de nossa região?

Da mesma forma, as compras em São Paulo, feita por comerciantes da nossa microrregião, não precisariam enfrentar mil e tantos quilômetros de asfalto por sobre caminhões baús e sim, embarcações que deslizariam rio e lago abaixo, rumo aos portos de Santa e Helena, Foz e outros a montante da barragem da Itaipu.

A jusante, não sei se comportaria eclusa, dado à grandiosidade de Itaipu, mas, para continuar no modal hidroviário, por que não uma intermediação rodoviária, bem mais curta do que os milhares de quilômetros que hoje os caminhões percorrem.

O resumo da ópera é que precisamos, urgentemente de fazer valer o calado que oferece o lago, derrocar pequenas pontas de pedras e fazer fluir um complexo sistema de transporte para melhorar a economia de toda uma região.

Em lugares da Europa e dos EUA, cavam fossos sobre córregos para viabilizar o aspecto hidroviário. Aqui, ainda estamos estagnados no assunto diante de imensos corredores de água.

Com o Brasil se firmando no cenário econômico mundial, autossuficiente em tanta coisa, é inegável que chegará o momento em que serão aproveitadas todas as perspectivas de melhoria também neste fator dos transportes aquaviários.