O Correio do Lago divulgou ainda no dia 12, segunda-feira, foi destaque ontem e é notícia hoje em outros meios de comunicação da região, que Santa Helena já recebeu U$260 milhões em royalties, o ressarcimento pago pela Itaipu Binacional pela utilização hidráulica de quase um terço das terras que eram agricultáveis do município.

Passados 20 anos do recebimento do benefício, o município ainda não está viabilizado e parece que tudo tem que ser começado. O município vem de solavanco em solavanco, dando passos de quatro em quatro anos, foi feita uma base, mas não saiu muito disso.

Projetos interessantes não necessariamente precisam ser elaborados e concluídos num mandato. O exemplo das coisas que deram certo em Santa Helena foi continuado por sucessivas administrações.

A situação mais nítida é o porto. Não teria sido viabilizado se não houvesse incremento das administrações posteriores. Naudé Pedro Prates, prefeito de mais de 25 anos atrás teve a visão futurística e todos os outros prefeitos acrescentaram algo no porto.

A praia, idem. Todos os prefeitos subseqüentes fizeram algo para ampliar o maior parque de lazer do interior do Paraná, que atraiu na última passagem de ano, o número incrível de aproximadamente 70 mil turistas, dentre estes os turistas internos é claro, pois eles existem, estão aqui e tem igual e até maior importância que os visitantes. Podemos citar neste contexto a Unidade Industrial de Pintainhos da Vila Celeste.

Por outro lado, temos exemplos negativos, de grandes investimentos que não foram continuados: Agro Industrial Santa Helena, que foi inviabilizada por causa de política e também más administrações. A Unioeste é outro triste exemplo que está entrando no rol dos grandes investimentos que não prosperaram. Mas aqui a teimosia política do governo do Estado é que impediu o crescimento desta grande indústria sem chaminés.

Ainda temos tempo de desenvolver ou continuarem grandes projetos para o progresso de Santa Helena. As gestões públicas devem administrar o pensamento da comunidade organizada. O grande problema é a definição de metas através desta mesma comunidade que nem sempre está organizada. Continuo a defender como sempre o fiz na última década, um tripé desenvolvimentista: agroindustrialização, porto internacional e cabo e a educação, ensino superior. Ao redor se forma o resto.