No ano passado vi a manchete “Milar quer ser presidente do Brasil”! Não sei se foi num jornal gaúcho ou catarinense, mais ou menos nesta época de férias e a frase me chamou atenção, pensando que se tratava de mais um destes presidentes de partidos nanicos querendo o posto na sucessão de Lula. Não era.

Cláudio Milar, um uruguaio, jogador de futebol, era ídolo da torcida e apaixonado pelo Brasil de Pelotas, time que já fez bonito até no campeonato brasileiro e que tem uma fanática torcida chamada xavante!

Quando matei a curiosidade depois de ler e não ter conseguido assimilar rapidamente a manchete, me debruçando sobre a matéria que contemplava o atacante que era símbolo do Brasil de Pelotas, ficou gravada a história daquele uruguaio que se adaptou tão bem àquela cidade gaucha.

Na manhã de sexta-feira passada dia 16, escutei logo cedo a notícia do acidente com a delegação do time de Milar e logo me veio a cena na cabeça, da manchete que havia lido. Incrível como a gente cria intimidade, uma relação com o que aprende. Fiquei mais sentido do que normalmente ficaria ao ficar sabendo destas tragédias que acontecem cotidianamente, envolvendo estrelas do futebol ou não.

Cláudio Milar deverá ser mesmo o presidente do Brasil. É bem provável que algum dirigente lhe dê esta condição póstuma.

(Observação: morreram além do atacante Cláudio Milar, o zagueiro Régis e o preparador de goleiros Giovani Guimarães)

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