Cotidiano
17.10.2010
MARINA, PESQUISAS E INDEFINIÇÕES
A Marina Silva resolveu ficar em cima do muro. Não quis queimar o filme para preservar seu nome para os próximos embates.
Ela é diferenciada, sem dúvida, mas a decisão é mais um jogo de cena necessário do que na prática exerça efeito.
Os eleitores do PV não esperaram decisão alguma e a grande maioria, de acordo como divulgaram as pesquisas, tomou o seu rumo no segundo turno.
As pesquisas estão apontando para a vitória de Dilma. Mas as pesquisas deixam boa parte do povo com uma pulga atrás da orelha.
Elas foram ridículas na medida em que erraram nos pontos mais críticos tanto no Paraná como no Brasil.
Não custa lembrar que os números davam na véspera da eleição de Beto Richa, um empate literal de 45 a 45%. Deu 45 nas urnas, mas relativo ao número tucano. Engraçado que deu 45% mesmo para Osmar.
Quer dizer, a pesquisa acertou em cheio o percentual de Osmar, mas errou por 7,44% o percentual de Beto Richa.
Na eleição para presidente. Ninguém dava possibilidade de segundo turno, até praticamente a véspera do primeiro, quando um instituto resolveu dizer que dentro da margem de erro, poderia dar segundo turno.
Três dias antes da eleição o Ibope dava 50 a 27 entre Dilma e Serra e creditava 13% para Marina Silva. A Dilma fez 46,91%, o Serra 32,61% e Marina 19,33%.
Erro de 3 pontos para Dilma. Erro de quase 6% nos números de Serra e mais de 6% nos votos de Marina. Engraçado que todos os institutos erraram apontando mais votos para Dilma e menos votos para Serra e Marina. Todos.
Então, se as amostras dos institutos, principalmente o Ibope, continuarem na mesma toada, errando pra mais na Dilma e pra menos o Serra, poderemos estar diante de um empate, literalmente.
Como as pesquisas estão dando em média, uma vantagem de 6 pontos para Dilma, contando que estão errando um pouco menos, na faixa de uns 2% para menos e a metade do erro do primeiro turno com Serra, as intenções de voto podem estar na faixa de 47 a 45%.
A eleição está indefinida. As urnas no dia 31, poderão reservar uma emoção jamais vista na história recente. Pode dar qualquer coisa.