Cotidiano

29.06.2011

MAQUIAGEM

A propensa criação de um consórcio de segurança envolvendo os 17 municípios lindeiros ao Lago de Itaipu é um atestado à incompetência dos governos em relação ao tema.

Se existem organismos de segurança estabelecidos como a Polícia Federal e seus grupos especializados, que tem a incumbência de cuidar das questões, inclusive nas fronteiras, se existe o Exército, a Polícia Militar, as secretarias de segurança dos estados, por que mais um instrumento?

A desculpa de carrear recursos federais é insatisfatória para criar mais uma entidade, mais um organismo como é o caso do pretenso CISEP.

É como Marechal Cândido Rondon fez recentemente, que resolveu criar a secretaria de segurança própria, passando um atestado de conformismo com o que nos reservam para a área, os governos que tem obrigação para tal.

Agora, o conformismo permeia geral com a intenção de criar um consórcio para por um ilusório fim aos desmandos fronteiriços.

Os mecanismos já existem. Os ministérios de relações exteriores dos países que fazem fronteira entre si deveriam estabelecer o fim da maquiagem sobre a segurança pública e não apoiar mais um salão de beleza.

Se for provado o contrário, tenho que me resignar, me recolher ao âmago de uma simples opinião.

O Pronasci,  Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania só pode carrear verbas para um novo organismo que se pretende criar? Acho que não.

De que forma este instrumento era utilizado até então?

Há uma crise de competência no ar.

Os próprios municípios podem se habilitar para verbas do Pronasci.

Por falar em segurança. Foi anunciado há algum tempo um tal de GGI, Gabinete de Gestão Integrada, com sede em Santa Helena. Se não me engano era iniciativa do Pronasci!