Cotidiano
09.07.2007
JUNHO 2007
DEDICAÇÃO E SENSIBILIDADE
Depois que a equipe da saúde em Santa Helena, com a parceria de outros setores do poder público e da iniciativa privada, desenvolveu uma excepcional campanha de cobertura vacinal contra a poliomielite, rendo, neste espaço, uma homenagem à dedicação e à sensibilidade dos que se esforçam em favor dos outros, mesmo sem ter uma recompensa visível e imediata. Meio ano junto com várias pessoas que gostam de gente, que atendem gente e que se dedicam a aliviar o sofrimento das famílias diante dum momento patológico. Gosto muito de observar o comportamento dos que lidam com a sensibilidade dos outros. Nem tudo é uma maravilha, algo poderia ser melhor, mas às vezes falta a reciclagem, o treinamento, o preparo para determinadas funções que nem mesmo as próprias pessoas, postas para tal, sonharam um dia estar.
A FORÇA POSITIVA
Dentre alguns dos livretos que já vi sobre comportamento em vendas, um deles me chamou atenção sobre a explicação acerca de como considerar um profissional proativo.
Isso pode ser traduzido para a saúde, como em qualquer outro segmento de atendimento direto ao público:
ATENÇÃO para observar detalhes.
SENSIBILIDADE para perceber o que se passa no íntimo do usuário.
COMPROMISSO com o bem-estar do paciente.
OUSADIA para romper os limites em prol do cidadão, sem adentrar na ilegalidade.
BOM SENSO para discernir qual é esse limite. O que pode e o que não pode ser feito, o que deve e o que não deve ser feito.
INICIATIVA para agir instantaneamente.
ATENÇÃO NOS DETALHES
Muitas vezes nos preocupamos com as grandes coisas e esquecemos que tudo é formado por detalhes. O conjunto dos detalhes é que leva às grandes realizações. Na área de saúde os problemas são individualizados. Cada um tem um caso para relatar, uma história na qual está fixado.
SENSIBILIDADE
O grande desafio para quem lida com público e notadamente numa das áreas mais sensíveis que é a saúde pública, é a sensibilidade. Perceber o que está incomodando o outro é imprescindível.
COMPROMISSO
Se não houver comprometimento na busca da resolução dos problemas que se apresentam da parte de dentro do balcão ou do consultório, o que vai acontecer é um simples comércio de saúde, que não serve em hipótese alguma ao setor público.
OUSADIA
Ousar é tomar decisão de fazer algo, diminuindo o risco, aliviando a dor. O clínico geral, por exemplo, que ainda sobrevive no interior e que está cada vez mais escasso nas grandes cidades, dado à necessidade da especialização para a própria sobrevivência profissional, precisa ousar, pois nem sempre repassa para o especialista, a continuidade dos procedimentos com o paciente. Nem sempre há condição estrutural e até financeira para tal.
BOM SENSO
Intimamente ligado ao tópico anterior, o bom senso deve caminhar par e passo com a ousadia, ou ao contrário. Esta qualidade é irrefutável na lida com saúde.
INICIATIVA
Sem isso, ninguém se atreva a trabalhar com saúde. Constantemente, desde a zeladora até o secretário, passando por atendentes, motoristas, profissionais técnicos ou de nível superior, precisam tomar decisões instantâneas que podem significar a continuidade da vida ou não.