Cotidiano

18.06.2009

JORNALISMO SEM FACULDADE

O STF, Supremo Tribunal Federal aprovou ontem a inexigibilidade do diploma de jornalista para o exercício da profissão a partir de uma ação movida pelo sindicato do rádio e televisão de São Paulo.

Por oito votos contra um, ficou definido que qualquer pessoa pode trabalhar em qualquer meio de comunicação na área de informação, sem ter um canudo para tal.

Essa é uma batalha que se estende há muitos anos e fica agora legalizado de forma definitiva o trabalho na mídia, daquelas pessoas que atuam há anos sem, no entanto terem feito a faculdade de jornalismo.

No Brasil afora, milhares de profissionais exercem na prática a função de jornalista, seja no rádio, na televisão ou nos jornais e nem por isso o fazem de forma melhor ou pior do que aqueles que freqüentaram os bancos das universidades.

É o tipo da profissão que não se avalia a partir da formação e sim na prática do dia-a-dia. Diferente de profissões que exigem uma técnica mais apurada, como medicina, odontologia e engenharia, o exercício da profissão de jornalista está mais ligado à questão vocacional.

Exemplos não são raros bem perto da gente. Quem não conhece pelo menos uma pessoa que trabalha como prestador de informação em um jornal ou rádio e que não é formado?

Outro assunto

O Senado abriu caminho para o aumento do número de vereadores em todo o país. Mas os suplentes terão que ter um pouco mais de paciência.

Ocorre que a matéria aprovada ontem pelos senadores com larga margem de votos favoráveis,  segue para a Câmara dos Deputados e se aprovada, vai para a interpretação da justiça, se valida de forma retroativa a matéria.

Vencidas estas barreiras, ainda há de se fazer a adaptação nas câmaras de vereadores por todo o país, adequando-as à nova realidade orçamentária e também adaptando as casas para receber os novos edis.

Elder Boff