28.05.2011
INFORMAçãO FAST-FOOD
Para o carro na “janelinha”, primeira marcha ainda engatada, pede: _ Um trio-burger, um refrigerante grande e batatinha, por favor”. Paga, contorna o prédio e pega a “comida” na outra janela.
Independente da idade, difícil encontrar aquele que não tenha se rendido as maravilhas da modernidade e a velocidade com que o mundo funciona hoje em dia. Com tudo ao alcance das mãos, ou do telefone e internet, várias atividades que faziam parte do cotidiano, com bons minutos dedicados a elas, estão ficando mais raras. Desde o café da manhã até chegarmos em casa a noite, competimos com o relógio em busca de algum tempo de lazer.
Com isso, criou-se uma cultura de imediatismo, onde tudo tem que ser na hora, instantâneo. Certamente isso reflete na forma que consumimos informação. Queremos saber tudo em primeira mão, em detalhes e fotos. Não à toa os jornais, sobretudo impressos, se preocupam com perda de audiência. Não por acaso, tem suas versões na internet e migram aos poucos para o I-Pad.
Estamos em um momento histórico onde o acesso à informação, e aos dispositivos móveis para acessá-las, estão cada vez mais facilitados. Diversos fatores nos empurram para o consumo das informações fast-food, rasas, pouco analíticas e muitas vezes pouco relevantes. Com pouco tempo disponível a tendência é nos atualizarmos onde for possível, no caminho pra casa ou num intervalo do trabalho. Dificilmente sentaremos para ler um jornal.
Não que com isso estejamos decretando a extinção dessa espécie. Sempre haverão domingos cozinhando pra família e lendo o jornal pela manhã. O dia a dia é que não permitirá a maioria de nós esse luxo, da leitura aprofundada de um tema e uma boa conversa sobre a manchete com os amigos.
Além disso, mesmo com comidas pré-prontas e híper práticas, continuam havendo, e crescendo, o número de pessoas adeptas de dietas naturais e orgânicas. São mais saudáveis, justificam. Assim como bons jornais.
Acredito que a tendência seja, a exemplo de outros meios, uma adaptação. Quem sabe quando grandes parques gráficos forem inviáveis, em tempos de tiragens enxutas, não teremos a impressão “ a jato” em qualquer banca ou estação de metrô, apenas para aqueles que assim desejarem. Sem desperdício e sem o sacrifício do saudosismo.
As gaiolas e os mercados de peixe agradecem.
Para aqueles que queiram se aprofundar mais em temas de Marketing, convido a dar uma espiada no meu blog: (aruanan.wordpress.com).
Abraço!
Aruanan