Cotidiano
28.08.2009
INFIEL
O PT foi infiel. Esta é a argumentação do senador Flávio Arns para sair do Partido dos Trabalhadores na esteira do que fez a sua colega de casa, Marina Silva que já havia se estranhado bem antes com a turma que comanda o Palácio do Planalto.
“Espero que o TSE entenda a fidelidade como uma via de mão dupla”, vociferou o campeão de voto apaeano, com certo de receio de perder o seu mandato que finaliza no ano que vem.
É até engraçado a gente imaginando o PT sendo condenado por infidelidade. Se Arns for absolvido da infidelidade em que pese o tempo escasso para prosperar uma ação, o partido é que vai ser declarado na condição de traidor das próprias causas emanadas do seu programa ou estatuto.
O colunista Reinaldo Azevedo da Veja, asseverou em seu blog: “Insisto: parabéns, senador Arns! Mas, tivesse tido o PT, algum dia, um compromisso com a ética, ele o teria rasgado no mensalão. Ou aquilo foi pouco? E, ainda ali, o senhor insistiu no pecado. Espero um arrependimento do bom cristão Flávio Arns. É preciso ser generoso com ele, não licencioso.”