O Andarilho

17.05.2012

HISTÓRIAS DA GEORGIA

Pessoas sentavam na grama com seus amigos e famílias. Outros apertavam-se ao redor da barraca dos vinhos produzidos pelos monges de um mosteiro. A fila para comprar gigantescos espetinhos de carne era imensa. Os que haviam chegado mais cedo, tiravam um cochilo nas varandas das casas típicas das diferentes regiões da Geórgia montadas nesse parque etnográfico. A quantidade de estrangeiros era imensa também e chegavam atraídos talvez pelo doce odor do néctar sagrado.

Quando o vinho estava acabando no festival, fomos com um grupo de amigos para a casa de Mamuka que fica nos arredores de Tbilisi. Enquanto abriam mais garrafas de vinho, e eu já pedindo água, esperávamos para provar o “cachapuli”, prato típico feito com carne e vegetais, que estava sendo preparado por Mamuka em sua panela de ferro e fogo de chão.

Uma forte tempestade aproximava-se da cidade e decidimos voltar para casa. A chuva veio forte enquanto ainda descíamos a tortuosa estrada. Carregada de raios e granizos, lavou e inundou a cidade. Naquela semana que havia começado com terremotos, era um grande final, assustador mas de lavar a alma.

Abraços e até a semana que vem.


Festival do vinho em Tbilisi.



Ânforas ainda utilizadas na produção artesanal do vinho na Geórgia.


Não importa qual seja sua fé, afinal o vinho é sagrado.

Edson Walker