Cotidiano
09.02.2009
GRE-NAL
GRE-NAL
Ontem gostaria de ter escrito sobre o Gre-Nal de domingo, mas como havia preparado aquelas palavras sobre o que significa para cada ser a segunda-feira, não quis protelar aquele assunto pra outra. Mas o jogo entre o Grêmio e Inter em Erexim teve tudo que um clássico centenário como o será em junho, deve ter.
Mesmo com o mando de campo do Grêmio, um acordo foi feito para que o estádio fosse dividido de igual para igual entre a torcida. Lá estavam ladeando-se 10 mil colorados e 10 mil gremistas. Milimetricamente a metade da assistência era vermelha e a outra metade azul.
Ouvi uma entrevista pelo rádio do presidente do Grêmio que acabou desdenhando o campeonato gaucho magoado que estava com a anulação de um gol, que naquele momento, levaria o seu time para a virada no placar. Foi um erro difícil de imputar dolo ao bandeirinha. Na TV tiveram que repetir algumas vezes para mostrar que Jonas estava na mesma linha.
Mas a desdenha de Duda Kroeff se deu em tom de ameaça, dizendo que o Grêmio, a continuar sendo “surrupiado” vai abandonar o “gauchão”, colocando o time reserva, júnior e até o infantil, ironizou.
Só resta ao Grêmio e seus dirigentes, menosprezar o campeonato gaucho. O time está em sexto na sua chave e começa a ver ameaçado sua possibilidade de classificação entre os quatro de sua chave. “O foco é a Libertadores, o campeonato gaucho é um laboratório” comentou Kroeff diante do triunfo colorado.
Este é o ano do centenário do Internacional e o fato é que no primeiro Gre-Nal venceu a partida e é exatamente isso que vai ficar registrado nos anais de um dos maiores e apaixonantes clássicos do futebol brasileiro. Em junho, vai acontecer o Gre-Nal do centenário, mas antes disso, os dois vão se encontrar pelo menos mais uma vez no campeonato do Rio Grande.
O Inter vai disputar, além do campeonato gaucho, a Copa do Brasil. O Grêmio, fora o campeonato caseiro, vai jogar a Libertadores de América. Ambos se enfrentarão no Campeonato Brasileiro. Esse ano promete aos fanáticos sacis e mosqueteiros!
Por falar em Rio Grande do Sul, quero mandar um abraço para Jorge e Salete Piletti que residem em Gravataí e sempre acessam esta coluna. Não sei se são gremistas ou colorados, ou, se a exemplo do Colosso da Lagoa, ta no meio à meio.