Voltamos com a sequência de artistas e hoje vamos observar aspectos da vida de Caravaggio. Michelangelo Merisi da Caravaggio, nasceu em Caravaggio na Itália em 1571 e faleceu em Porto Ercole (Itália) no dia 18 de junho de 1610.

Caravaggio foi um importante artista italiano entre os séculos XVI e XVII, sua arte sacra era banhada em um ambiente espiritualmente simbólico e altamente dramático de contrastes marcantes entre luz e sombra, trazendo muito realismo as obras.

Na ótica moderna, Caravaggio é um dos mais admirados “arruaceiros” da arte um exemplo perfeito daquilo que se espera de um gênio, uma personalidade forte, uma mente perturbada regada a bebidas e brigas em tavernas. Além de tudo, dividas e amizades que não podemos dizer que eram das melhores, várias prisões e até acusação de assassinato faziam parte do cotidiano de Caravaggio até sua morte prematura.

Seu estilo de pintura era um tanto confuso e desnorteado, mas repleto de um naturalismo renovado, poderoso e ousado que fez ele ser um artista importantíssimo do século XVII. Ele atraiu uma série de seguidores pela Europa conhecido como caravaggisti.

Seu nome se deu pela sua originalidade na cidade de Caravaggio. Filho de um arquiteto que faleceu quando ele era criança e sua mãe mais adiante quando ainda era um jovem rapaz tornando-se desde muito novo, órfão e endividado.

Seus primeiros trabalhos foram marcantes por retratos enigmáticos como o autorretrato Baco (1593-1594), que também nos da a noção de seu talento em relação a natureza morta.

No fim do século XVI, inicio do XVII, Caravaggio já era meio que uma “celebridade” de sua época, porém, muito criticado pelos artistas denominados “puristas”, pela falta de modos e seus esboços, pois Caravaggio simplesmente desenhava sobre a tela e depois pintava por cima.

O Sepultamento foi uma encomenda entre os anos de 1602 e 1603 muito prestigiosa de sua carreira, porém, como nem tudo são flores, muitas obras suas foram rejeitadas por serem realistas demais.

Em 1606, Caravaggio fugiu após matar um homem em um duelo, mesmo nessas condições ele ainda recebeu algumas encomendas e tentou esboçar uma abordagem mais reflexiva, (Seria por causa da culpa de matar um homem?). Pelo que se sabe sua morte ocorrida anos mais a frente (1610), deve-se a uma febre que ele adquiriu em viagem a Roma em busca de perdão.

Fonte: 501 Grandes Artistas - 2009 - pag. 110/111 - Livro editado pelo Pintor, professor de desenho e professor-pesquisador da Fundação Rootstein Hopkins na University of the Arts, em Londres, Stephen Farthing.