Seguindo pelo alfabeto dos ícones das artes, hoje falaremos de Bernini. Gian Lorenzo Bernini, nasceu em 7 de dezembro de 1598 em Nápoles na Itália e faleceu em 28 de novembro de 1680 em Roma.

Bernini foi um dos principais artistas do seu tempo e influenciou profundamente o desenvolvimento da arte e da arquitetura barroca, sobretudo em Roma. Ele criou uma nova forma de expressão em mármore, com um dinamismo e uma energia capaz de transformar as esculturas em algo orgânico, expressivo e vigoroso. Sua obra, tanto escultural quanto arquitetônica dominou Roma durante o século XVII.

Seu talento já era aparente em seus primeiros trabalhos, ele foi educado no ateliê do pai, o escultor maneirista, Pietro Bernini, que o apresentou aos Borgueses e aos Barbarini, poderosas famílias patronas da Roma da época. Em 1618, Bernini foi incumbido de pelo cardeal Scipione Borguese a criar uma série de gigantescas estátuas, entre elas Plutão e Prosérpina (1621-1622), Apolo e Dafne (1622-1624) e Davi (1623), todas naturalistas e cheias de vida.

Em 1623, Maffeo Barbarini tornou-se o Papa Urbano VIII e Bernini se transformou no artista chefe do pontificado, responsável pelas maiores obras artísticas e arquitetônicas da cidade, incluindo a Basílica de São Pedro. Ele se envolveu com a Basílica por quase toda a vida, produzindo suas mais famosas e perfeitas obras.

Entre elas estão Baldaquino (1623-1624), uma espécie de dossel sibre o altar-mor, o Musoléu do Papa Urbano VIII (1627-1647) e a Cátedra de Pedro (1655).

Com a morte do papa em 1644, Bernini perdeu os favores papais, mas continuou recebendo encomendas particulares, como a que lhe fez o cardeal veneziano Federico Cornaro para a capela Cornaro. A capela é considerada um de seus maiores trabalhos e abriga a famosa escultura O êxtase de Santa Teresa (1647-1652), uma obra em mármore sem igual por sua emoção intensa e estética original.

Em 1655 com a ascensão do Papa Alexandre VII, sua posição privilegiada com a igreja foi restaurada, e então assumiu o projeto da Praça de São Pedro, as Colunatas e a entrada da Scala Regia. Bernini continuou a trabalhar incansavelmente e no fim da vida, como sua última obra, construiu o mausoléu do Papa Alexandre VII (1671-1678).

Fonte: 501 Grandes Artistas - 2009 - pag. 122/123 - Livro editado pelo Pintor, professor de desenho e professor-pesquisador da Fundação Rootstein Hopkins na University of the Arts, em Londres, Stephen Farthing.