Cotidiano

05.10.2010

GOSTOU!

Estou com vontade de virar o disco, como se dizia antigamente e parar de falar sobre as eleições aqui neste espaço, mas a cada dia surgem outras informações interessantes sobre as quais fico impelido a comentar.

A força individual dos subgrupos políticos em Santa Helena leva-nos a análises bem interessantes e que moldam um pouco, não totalmente, o potencial de arrebatamento de cada uma das principais lideranças.

Medir o desempenho eleitoral somente avaliando a performance dos candidatos a deputado, seja estadual ou federal, não é um balizador tão eficiente e sim, apenas um sinal da potencialidade.

Existem algumas razões obvias para isso. Uma delas é que a transferência de voto para terceiros é uma missão muitas vezes inglória.

Lula tem mais de 80% de aprovação da população. Dilma fez 46% dos votos válidos. Supondo que o presidente não pedisse nenhum voto pra ela, não participasse da campanha, ficasse absolutamente neutro, o que aconteceria?

Pela história do PT, pela militância e pelo próprio nome dela, a eleição iria para o segundo turno da mesma maneira. O desempenho de Dilma, sem Lula, poderia ser uns 10% menor, apenas.

Um cidadão político ou não, se fez 500 votos para um candidato, não significa que ele, numa disputa para vereador, por exemplo, obtenha estes mesmos 500 sufrágios. Provavelmente terá menos, talvez possa ter mais, isso vai depender do momento eleitoral e da convergência de lideranças em torno do seu nome.

No próximo sábado, pela Liberdade FM, vou entrevistar os candidatos a deputado federal e estadual, mais votados de Santa Helena e ouvir deles o que podemos esperar da atuação política de cada um.

Lenecir Benacchio será um deles e numa prévia, que gravei esta semana ele já avisa: - Agora não saio mais da política. Gostou!

Elder Boff