Cotidiano
06.07.2015
FUNDO DO POÇO
O futebol amador em Santa Helena morreu mais uma vez neste final de semana.
A morte de um atleta, abatido a tiros por um torcedor, pode ser um divisor de águas de algo que já vinha combalido.
Sem nenhuma espécie de segurança, torcedores podem assistir a partidas de futebol, armados com revólver ou faca.
Sem entrar no mérito do caso em si, das circunstâncias e outros pormenores do acontecido, pois isso é coisa para a polícia e a justiça, é inadmissível essa situação. É o fundo do poço.
Há tempos os estádios do município já vinham perdendo público.
Há tempos, parcos times se incursionam nas disputas locais, ante a mais de duas dezenas de outrora.
Lembro-me do tempo em que fui “aspirante” do Incas e que nos campeonatos se apinhavam 20, 30 equipes com os tradicionais veteranos pela manhã, aspirantes logo no começo da tarde e titulares depois.
Eram mil expectadores pelo menos, às vezes até muito mais.
Como se não bastasse a agonia que é ver o futebol brasileiro, notadamente a seleção que virou comum, agora, definhado, o futebol local leva dois balaços no peito.