Cotidiano

03.02.2010

FONTE

 

Ilustração: planetamidia.com.br

 

 

Só com o passar de muito tempo a gente consegue amealhar para si, uma rede de informações composta por cidadãos comuns que acabam por enxergar a gente como difusor das novidades.

 

Constantemente sou assediado por pessoas ávidas por ver divulgados fatos que ainda não foram estampados na mídia.

 

Muitas vezes sou procurado também para fazer prosperar matérias que tiveram pouca importância de um meio de divulgação ou de outro. Ou ainda, para ressaltar outro ângulo da matéria que por ventura tenha sido, na visão do informante, distorcida ou contada como meia verdade.

 

É dever de ofício do jornalismo, buscar sempre as versões dos lados envolvidos para divulgar uma matéria. Muitas vezes o lado “oposto” de determinada notícia, não quer se manifestar ou não se deixa encontrar para um contato.

 

Quando isso acontece, é muito bom ter em mãos, provas materiais (gravações) ou testemunhais de que não foi conseguida a outra versão por absoluta falta de vontade de uma das partes envolvidas na matéria.

 

São estes aspectos que tornam o jornalismo, um trabalho fascinante e é somente com o passar dos anos, com a experiência acumulada, que o resultado deste labor acaba sendo mais útil para a sociedade na qual convivemos.

 

Mas o trabalho da fonte é valiosíssimo e o grande segredo e mantê-la sob sigilo, a não ser que seja solicitada por ela, a divisão do êxtase do ineditismo.

Elder Boff