Cotidiano

25.03.2013

FIRMEZA OU OUSADIA?

Vi algo interessante dito pelo criador do site de compras Mercado Livre e isso serve de lição pra muita gente, inclusive pra mim.

Em outras palavras, Hernan Kazah disse que ao invés de pisar muito no acelerador, é bom frear e manter o foco, analisando os pontos de atrito que inibem o crescimento.

Sempre procurei manter firmeza nos propósitos do campo de trabalho e não só nele. Sou um insistente.

Desde muito pequeno fui entusiasta pelo trabalho, influído para ganhar meus troquinhos.

Isso dista quase 40 anos, quando me lembro de que faturei o primeiro “salário”. Um cheque de CR$60, mais CR$ 5 de gorjeta por assiduidade.

Foi numa oficina de motosserras na minha cidade natal, São Miguel do Oeste.

Depois de ter recebido o dinheiro, corri feito louco ao encontro de meu saudoso pai para entregar-lhe tudo. Tudo mesmo, inclusive a gorjeta.

Antes disso, com cinco pra seis anos, ainda em Santa Catarina, levava leite para duas casas. Uma era a casa na qual uma senhora que mora aqui em Santa Helena, era empregada doméstica.

A outra, a dona do cinema, que complacente com aquele “piazinho”, me dava ingressos para a matiné de domingo.

Não existia e nem de longe se ouvia falar em coibir o trabalho infantil. Obviamente não existia o Estatuto da Criança e do Adolescente que hoje considera crime uma atividade do gênero.

Mas voltando ao cerne do assunto, ficar sempre mudando de emprego ou de atividade, pode comprometer um futuro razoável.

Manter-se firme no mesmo serviço, no mesmo ramo, aparando arestas, percebendo e retirando os entraves do dia a dia, tudo isso promove o crescimento individual.

Também, não significa insistir décadas no mesmo lugar. Se você está há 20 anos na mesma empresa e olhar pra frente para mais uns 20 anos e na projeção, se enxergar da mesma maneira, pule do barco e ouse.

Elder Boff