Cotidiano
17.03.2010
FALTA DE MÉDICOS
A explanação do secretário de saúde de Santa Helena na sessão do legislativo da segunda-feira passada no quesito falta de médicos, chama atenção para uma deficiência que realmente não é exclusividade de Santa Helena.
Por mais que os vencimentos mensais, que para nós, pobres mortais, seriam ótimos, acima dos R$10 mil, os profissionais deste meio, exigem bem mais que uma cidade pequena para morar, salvo raras e honrosas exceções.
Tive a experiência de ter que “correr” atrás de médico ou médica, durante o tempo em que permaneci na pasta da saúde em Santa Helena. Chegava a implorar pela vinda de profissionais e quando chegavam, sabiam que eram imprescindíveis e isso causava alguns transtornos.
É por isso que a gente tem que tirar o chapéu para os médicos residentes no interior que fincaram sólidas bases por aqui.
Santa Helena é um exemplo quase isolado de município pequeno, com pouco mais de 20 mil habitantes, que possui quatro hospitais, se contarmos um em construção, mais toda a rede pública formada por um pronto atendimento e uma dezena de postos de saúde.
Fora isso, todos os dias, muitos pacientes são transportados para outras praças maiores, notadamente Toledo e Cascavel, quando não Curitiba, para tratamento especializado.
A maioria esmagadora da população não investe um centavo em medicina particular. Usufrui das cotas do SUS distribuídas entre os nosocômios locais, se utiliza do consórcio intermunicipal para especialidades ou busca um benefício direto que a lei municipal atinente o permite.
Agora, foi criada a AIH municipal. A Autorização de Internamento Hospitalar abre 30 novas possibilidades de vagas, com custeio próprio da prefeitura, para os hospitais da cidade que queiram participara da divisão.
Os 30 internamentos que o município proporcionará a mais do que as 102 AIHs que já vem pelo SUS, seguem a tabela decepcionante do Sistema Único de Saúde, cujo valor médio de cada internamento não ultrapassa a casa dos R$300.
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